Política

“Xenofóbico e idiota”, dispara Suíca contra vereador que atacou baianos resgatados em situação análoga à escravidão

As denúncias contra as empresas produtoras de vinhos incluem jornadas de trabalho que ultrapassavam 15h diárias, alimentação podre, torturas com eletrochoque e condições insalubres

Por Matheus Caldas

“Xenofóbico e idiota”, dispara Suíca contra vereador que atacou baianos resgatados em situação análoga à escravidãoCréditos da foto: Divulgação
A fala do vereador de Caxias do Sul Sandro Fantinel (Patriota) contra baianos resgatados em situação análoga à escravidão no Rio Grande do Sul foi rebatida pelo parlamentar de Salvador Luiz Carlos Suíca (PT) nesta terça-feira (28/2).
“Xenofóbico e idiota. Um cidadão desse merece voltar às aulas para aprender mais sobre direitos dos trabalhadores. Vai ter que pagar, sim, para baianos e para qualquer outra pessoa, independente de onde seja. Isso é direito”, rebateu Suíca.
O petista também disse que as ameaças são de quem está defendendo seus financiadores de campanha. “Nós sabemos como esse povo age. Defendem quem paga para eles estarem ali, representando essas empresas que lucram em cima do trabalho de exploração”. Para Suíca, as empresas acusadas devem responder na Justiça e o Ministério do Trabalho intervir e punir os patrões.
“Querem manter trabalhadores baianos em situação de trabalho análogo à escravidão para produzir vinhos para os ricos beberem. Isso é uma vergonha. É esse tipo de gente que queria comandar o Brasil. São pessoas assim que não consideram os diretos dos nordestinos. Somos trabalhadores, suamos muito para levar o pão de cada dia para casa. Esse vereador deveria era renunciar e pedir desculpas. Ou melhor, seus pares deveriam lhe enquadrar para que não fale mais besteiras em plenário. Não consigo entender o que esse rapaz tem na cabeça. É um infeliz”, dispara.
As denúncias contra as empresas produtoras de vinhos incluem jornadas de trabalho que ultrapassavam 15h diárias, alimentação podre, torturas com eletrochoque e condições insalubres onde descansavam. De acordo com informações divulgadas amplamente nos meios de comunicação do país, os trabalhadores tinham a promessa de receber cerca de R$ 4 mil. As vítimas acabavam ficando reféns dos patrões que exigiam deles o pagamento até de itens básicos. Muitos dos trabalhadores faziam dívidas para não comer comida estragada.
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