RJ autoriza venda de spray de pimenta para mulheres

Lei sancionada pelo governador Cláudio Castro permite a compra do equipamento para defesa pessoal por maiores de 18 anos; estado é o 1º do país a liberar venda

Por Da redação.

Fonte: Emanuelle Menezes, SBT News

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), sancionou uma lei que autoriza a venda de spray de pimenta, classificado como spray de extratos vegetais, para mulheres em todo o estado. A medida, publicada nesta quarta-feira (26) no Diário Oficial do estado, regulamenta o acesso ao produto como ferramenta de legítima defesa.

Rj Autoriza Venda De Spray De Pimenta Para Mulheres

A lei define que o spray deve ter até 70 gramas e concentração máxima de 20%. Ele será considerado equipamento não letal, destinado à proteção pessoal, e a compra do produto seguirá regras específicas:

  • A venda é restrita a maiores de 18 anos e será feita somente com apresentação de documento de identidade;
  • A comercialização será feita apenas em farmácias, mas não há necessidade de receita médica;
  • A compra está limitada a duas unidades por pessoa a cada mês.

O direito de portar o spray também será permitido para maiores de 16 anos, desde que tenham autorização dos responsáveis legais.

A nova lei também prevê que mulheres vítimas de violência doméstica e que tenham medida protetiva poderão receber o spray gratuitamente. Nesses casos, o custo do produto deverá ser ressarcido pelo agressor, enquanto durar a proteção judicial.

1º estado a liberar venda

No Brasil, o spray de pimenta está listado como produto controlado, cuja fabricação, comercialização e uso dependem de autorização do Exército brasileiro. O Rio de Janeiro é o primeiro estado do país a liberar a venda do produto para legítima defesa.

Os autores da proposta, os deputados estaduais Sarah Poncio (Solidariedade), Rodrigo Amorim (União Brasil), Tia Ju (Republicanos), Guilherme Delaroli (PL), Dionísio Lins (Progressistas) e Marcelo Dino (União Brasil), alegam que o spray oferece proteção imediata a mulheres em situação de risco, especialmente em casos de assédio, importunação ou agressão.

Em São Paulo, um projeto de lei que regulamenta o uso para legítima defesa, do deputado estadual Marcio Nakashima (PDT), chegou à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa. O uso do equipamento, no entanto, é polêmico.

No início de novembro, uma jovem foi morta na zona leste de São Paulo ao reagir a um assalto usando spray de pimenta contra o criminoso, que estava armado. Beatriz Munhos, de 20 anos, foi baleada na cabeça e morreu na hora.

Imagens de uma câmera de segurança registraram o crime. Os três saíram de carro de Sorocaba, no interior de São Paulo, para finalizar a venda de um drone, avaliado em R$ 27 mil. Eles foram alvos de uma emboscada.

Dois homens em uma moto chegam e abordam o pai, Lucas Munhos, e o namorado de Beatriz, Leonardo Silva. Eles estavam do lado de fora do veículo quando foram rendidos. A jovem, que estava dentro do carro, abre a porta e joga spray de pimenta contra um dos bandidos, que imediatamente atira contra ela.

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