Presidente do PL admite planejamento de golpe, mas nega crime
Valdemar Costa Neto, presidente do PL, admite que houve planejamento de golpe, mas nega crime já que o ato não foi consumado
Por João Tramm.
Valdemar Costa Neto, presidente do PL, reconheceu que houve um planejamento para um golpe de Estado, mas ressaltou que a articulação não chegou a ser concretizada. A declaração foi feita durante um debate no Rocas Festival, realizado em Itu, São Paulo, no último sábado (13). Ele, no entanto, negou que tenha ocorrido crime.
“O grande problema é o seguinte: o Supremo decidiu, nós temos que respeitar. Mas o Supremo só está fazendo isso porque tem apoio do governo, o Lula está do lado deles. Então, esse é o grande problema que nós enfrentamos", afirmou Valdemar.
O PL, partido presidido por Valdemar Costa Neto, é o partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, que foi condenado pela trama golpista.
Segundo ele, “houve um planejamento de golpe, mas nunca teve o golpe efetivamente”. O dirigente comparou a situação a outros crimes: “No Brasil a lei diz o seguinte: ‘se você planejar um assassinato, mas não fez nada, não tentou, não é crime’. O golpe não foi crime. O grande problema nosso é que teve aquela bagunça no 8 de Janeiro e o Supremo diz que aquilo foi golpe. Olha só, que absurdo, camarada com pedaço de pau, um bando de pé de chinelo quebrando lá na frente e eles falam que aquilo é golpe”.
Valdemar ainda chegou a afirmar que os atos do 8 de Janeiro teriam contado com participação do PT.
Condenado pela trama golpista
Na quinta-feira (11), a Primeira Turma do Supremo condenou os réus a penas que variam de 16 a 27 anos de prisão em regime fechado. O cumprimento não é imediato, já que ainda cabe recurso.
Após a publicação do acórdão, a defesa deve apresentar os recursos. Os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro já afirmaram que devem apresentar defesa ante as penas que considerou "excessivas e desproporcionais".
A prisão do liberal é defendida por 50% dos brasileiros, enquanto outros 43% são contra a medida. A informação foi publicada pela Folha de São Paulo.
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