Plano golpista tinha participação de núcleo do governo Bolsonaro, diz Paulo Pimenta
A operação, que resultou na prisão de militares envolvidos no esquema, aponta a existência de um plano golpista iniciado em 2022
Fonte: SBT News
O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom), Paulo Pimenta, fez duras declarações sobre os desdobramentos da operação da Polícia Federal, realizada nesta terça-feira (19), que revelou um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A operação, que resultou na prisão de militares envolvidos no esquema, aponta a existência de um plano golpista iniciado em 2022.
O atentado estava previsto para acontecer dia 15 de dezembro de 2022, três dias após a diplomação de Lula e Alckmin, indicando que a data foi escolhida estrategicamente para impedir a posse do petista.
“Eles tinham o objetivo de atentar diretamente contra a vida do presidente Lula e do vice-presidente. Falavam em falavam em chapa, atentar contra a chapa", declarou Pimenta em coletiva de imprensa realizada na cúpula do G20, no Rio de Janeiro.
Além dos ataques aos chefes do Executivo, o plano incluía sequestro e assassinato do ministro Moraes. Pimenta ressaltou que a operação revelou novos elementos de extrema gravidade, indicando uma articulação que envolvia figuras do governo anterior.
"Uma ação concreta, objetiva e que traz elementos novos, extremamentes graves sobre a participação de pessoas do núcleo do poder no governo Bolsonaro, no golpe que tentaram executar no Brasil, impedindo a posse do presidente e vice presidente eleitos", afirma.
O ministro também traçou uma ligação entre esses acontecimentos e outros episódios, como a tentativa de explosão de um caminhão próximo ao aeroporto de Brasília no mesmo período e o atentado a bomba contra o STF ocorrido na semana passada. Segundo ele, esses fatos se consumaram nos atos do 8 de janeiro de 2023, com financiamento e participação de personagens que também apoiaram os acampamentos em frente aos quartéis.
"Tudo isso acabou culminando o 8 de janeiro. Todos esses fatos são fatos que se relacionam entre si. Os personagens são os mesmos. Os mesmos personagens que financiaram a presença dos acampados à frente dos quartéis. Estão envolvidos, como eu disse, decisórios. O indivíduo esse que morreu em Brasília estava acampado na frente dos quartéis. As pessoas que participaram da tentativa de explosão do caminhão no aeroporto também estavam. Então, há uma relação entre os financiadores e os programados que planejaram as ações criminosas e eles vão responder por isso", diz.
O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos, já havia declarado que o episódio do atentado ao STF não era um caso à parte. "Entendemos que o episódio de ontem não é um fato isolado, mas tem conexão com outros fatos que a PF está investigando", afirmou em coletiva de imprensa realizada na última quinta (14).
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