PL que muda nome das Dunas do Abaeté para "Monte Santo Deus Proverá" divide religiões e irrita Bruno Reis; "mentira descarada"
Durante o evento, adepto ao candomblé acusaram o segurança do prefeito de truculência e agressão. A ialorixá Mãe Ana, de 70 anos, afirmou à reportagem que iria prestar queixa à polícia
Recheada de polêmicas, a ordem de serviço para a urbanização da Dunas de do Abaeté, em Itapuã, não foi assinada pelo prefeito Bruno Reis (DEM) após protestos nesta quinta-feira (10/2) de adeptos a religiões de matriz africana e indígenas. A assinatura foi adiada para que se haja mais discussões junto à sociedade civil.
Em entrevista à repórter Lícia Fontenele, da TV Aratu, o chefe do Palácio Thomé de Souza se irritou com acusações de que a Prefeitura etária tentando modificar o nome da localidade. Para ele, isto é uma “mentira descarada”.
Contudo, um projeto na Câmara de Vereadores tenta batizar as dunas com o nome de “Monte Santo Deus Proverá”. O projeto é do vereador Isnard Araújo (PL), que faz parte da bancada cristã do Legislativo soteropolitano.
No aviso de pauta do evento de assinatura de ordem de serviço enviado na última quarta-feira (9/2) pela Secretaria de Comunicação, a Prefeitura se refere ao local como “Monte Santo”.
Durante o evento, adeptos ao candomblé acusaram o segurança do prefeito de truculência e agressão. A ialorixá Mãe Ana, de 70 anos, afirmou à reportagem que iria prestar queixa à polícia.
De acordo com a gestão municipal, o projeto, divulgado no início da tarde desta quinta, “prevê, dentre outros objetivos, uma ampla urbanização da área, com instalação de toda a infraestrutura necessária para dar suporte aos frequentadores do lugar, proporcionando mais qualidade, conforto e segurança”.
“A intervenção foi pensada para que as atividades rotineiras, dentre elas as religiosas, ocorram em plena consonância com a natureza, de modo a preservar as características originais do local”, diz trecho de texto enviado pela assessoria de imprensa do Palácio Thomé de Souza.
De acordo com o release, Bruno negou que haja intolerância religiosa por parte do município. “É fundamental a união de todos. Uma cidade com as características de Salvador é para todos os habitantes. E a Prefeitura se preocupa com todos na cidade, por isso mesmo somos totalmente contra a intolerância religiosa”, garantiu o prefeito.
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