Política

Pazuello reclama de pressão interna e denuncia pedidos de favores ao Ministério; "ações orquestradas"

O militar foi o terceiro ministro a chefiar a pasta na gestão Bolsonaro

Por Da Redação

Pazuello reclama de pressão interna e denuncia pedidos de favores ao Ministério; "ações orquestradas"Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

O ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta nesta quarta-feira (24/3), em discurso de despedida aos servidores, que sofreu boicote interno e pressões políticas para deixar a pasta. Na posse de seu substituto, Marcelo Queiroga, Pazuello afirmou ainda ter levado para a pasta atributos militares que faltavam no local, como “probidade e honestidade”, e que caiu depois de identificar um grupo de médicos do Ministério disposto a boicotá-lo.


“Esse grupo tentou empurrar uma pseudo-nota técnica que nos colocaria em extrema vulnerabilidade, querendo que aquele medicamento, a partir dali, estivesse com critérios técnicos do ministério, e ele (o medicamento) não tinha”, disse.


O ex-ministro disse que reuniu a equipe para contar que estava sofrendo “ações orquestradas” e que por isso, provavelmente, não ficaria muito tempo no cargo. O general também teria se recusado a atender pedidos de pessoas cujos nomes constavam em uma lista enviada à pasta por “uma liderança política”.


“Ali começou a crise com a liderança política que nós temos hoje […]. Aí chegou no final do ano, uma carreata de gente pedindo dinheiro politicamente […]. Foi outra porrada, porque todos queriam o pixulé no final do ano”, apontou Pazuello. 


Marcelo Queiroga, o novo ministro, escutou todo o discurso ao lado do ex-ministro, em silêncio. Depois, elogiou a gestão do general e fez um paralelo entre as carreiras militar e médica. “Mesmo sem CRM, você salvou muitas vidas, meu amigo. Fala desse jeito de comandar a tropa, mas a gente vê que é um sujeito de grande coração, e de coração eu entendo”, disse o médico a Pazuello.


Pazuello foi o terceiro ministro a chefiar a pasta na gestão Bolsonaro. Assumiu interinamente em 15 de maio, depois que Nelson Teich pediu demissão. O militar foi efetivado no cargo em setembro.


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