Política

Olívia Santana critica letalidade da PM da Bahia e cobra ações de governador: 'número de guerra'

Mais de 1.464 pessoas foram mortas em operações no estado no ano passado, número que coloca a Polícia Militar da Bahia como a mais letal do país

Por João Brandão

Olívia Santana critica letalidade da PM da Bahia e cobra ações de governador: 'número de guerra'
Aliada do governo do estado, a deputada estadual Olívia Santana (PCdoB) fez duras críticas à letalidade policial na Bahia nesta segunda-feira (21/8), durante sessão da Assembleia Legislativa (ALBA). Segundo a parlamentar, é preciso que o governador Jerônimo Rodrigues (PT) assuma a pauta da redução da violência policial.
No ano passado, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, foram mais de 1.464 pessoas mortas em operações no estado, número que coloca a Polícia Militar da Bahia em primeiro lugar no país, com mais mortes até do que as 18 mil polícias dos Estados Unidos, conforme mostrou o UOL.
“Nós não podemos continuar vendo as nossas polícias na Bahia com esse carimbo da polícia que mais mata. Nós queremos nosso povo vivo, submetido à lei, ao rigor da lei, queremos justiça, direitos humanos respeitados. Nós não queremos policiais mortos, queremos pais de família, policiais, vivos, e também o povo, civil, cidadã, cidadão, também vivos. Não é possível que a cada operação policial, 15, 20, 30 pessoas tenham que tombar. Isso não é natural, tá errado, e precisa ser modificado", discursou a deputada.
'NÚMERO DE GUERRA'
Ela disse ainda que apresentou uma indicação ao governador para que institua o grupo de trabalho “pela redução da letalidade nas operações policiais na Bahia”. “É melhor que o governador assuma essa pauta da redução da violência policial, do que haver uma intervenção em nosso estado. Foram mais de 1.446 mortes apenas em 2022. Isso é um número de guerra, dos mais de 6 mil mortes que houve em nosso estado da Bahia”, salientou.
Olívia ainda conclamou as mais diversas instituições e movimentos sociais para discutir o tema. “Estamos com essa predisposição de que o governo do estado, Ministério Público, Judiciário, movimentos sociais se unam na pauta da vida e da redução da letalidade, porque a polícia é para prender, apurar e levar à justiça, não para aderir a uma agenda de barbárie”, criticou.
https://youtu.be/VJKUDdxnjsE
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