Número de casos de violência política cresce 110% no período de campanha; Nordeste registrou 59 casos
A região Sudeste continua como a mais atingida, com 84 casos (39,6%), seguida pelo Nordeste (59 casos - 27,8%), Sul (22 - 10,4%), Centro-Oeste (20 - 9,4%) e Norte (18 - 8,5%).
O período de campanha eleitoral, referente ao primeiro turno, foi marcado por violência. Segundo dados da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), de julho a setembro, foram registrados 212 casos de violência política em todo o país, cifra que representa alta de 110% em relação ao trimestre anterior (101 ocorrências).
Ao distribuir os casos pelos meses do trimestre, os autores apontam que houve uma tendência de aumento no número de episódios de violência política com a aproximação do dia da eleição. Em julho, por exemplo, foram contabilizados 41 casos, enquanto agosto registrou 60. Já em setembro, 111 ocorrências de violência política foram relatadas.
A região Sudeste continua como a mais atingida, com 84 casos (39,6%), seguida pelo Nordeste (59 casos - 27,8%), Sul (22 - 10,4%), Centro-Oeste (20 - 9,4%) e Norte (18 - 8,5%). Em relação aos estados, São Paulo permanece na liderança, com 30 ocorrências registradas. Posteriormente, estão Rio de Janeiro (24), Minas Gerais (22) e Paraíba (12).
No período, as ameaças se destacam como o principal tipo de violência política, com 105 casos. As agressões, por sua vez, acometeram 56 vítimas, enquanto os atentados, 26. Casos de homicídios (18) também englobam o ranking, bem como homicídios familiares (3), ameaças contra familiares (2) e sequestros (2).
Mesmo com a realização das eleições nacionais, as lideranças locais, por mais um trimestre consecutivo, se mantiveram como as vítimas mais atingidas. Entre julho a setembro de 2022, 42 vereadores, 20 prefeitos e dois vice-prefeitos sofreram algum tipo de violência. O número também cresceu em relação à pré-candidatos (30) e candidatos (78).
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