No primeiro discurso após eleito, Lula pede pacificação do país; “não existem dois 'Brasis'”
"Somos um único país, um único povo, uma grande nação. Não interessa a ninguém viver numa família onde reina a discórdia", disse o presidente eleito
Créditos da foto: reproduçãoEleito neste domingo (30/10) para seu terceiro mandato como presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) celebrou a vitória nas urnas. Ele valorizou a democracia, e pediu pacificação do país.
“Vou governar para 215 milhões de brasileiros e brasileiras. Não existem dois 'Brasis'”. Somos um único país, um único povo, uma grande nação. Não interessa a ninguém viver numa família onde reina a discórdia. É hora de reunir de novo as famílias, refazer os laços de amizades rompidos pela propagação criminosa do ódio. A ninguém interessa viver num país dividido e em permanente estado de guerra”, afirmou, em discurso em São Paulo.
“Este país precisa de paz e de união. Esse povo não quer mais brigar. Esse povo está cansado de enxergar no outro o inimigo e ser temido ou destruído É hora de baixar as armas, que jamais deveriam ter sido empunhadas. Armas matam. E nós escolhemos a vida”, acrescentou.
Apesar dos acenos de paz, ele criticou a forma com a qual o presidente Jair Bolsonaro (PL) usou o cargo para tentar se reeleger.
“A vida inteira sempre achei que Deus sempre foi muito generoso comigo pra permitir que eu saísse de onde eu saí para chegar aonde cheguei e, sobretudo, neste momento em que nós não enfrentamos um adversário, um candidato, mas a máquina do Estado brasileiro colocada a serviço do candidato à situação para tentar que nós ganhássemos as eleições”, criticou.
O petista também falou em reviravolta. Preso em 2018, quando Bolsonaro se elegeu, ele foi solto em 2019. “O povo que votou em mim e votou no adversário, que foi para a urna, que se dignou a cumprir com o dever civilizatório, de cidadania, quero dar os parabéns. E, sobretudo, quero dar os parabéns às pessoas que votaram em mim, porque me considero um cidadão que teve um processo de ressurreição na política brasileira, porque tentaram me enterrar vivo e eu estou aqui”, declarou.
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— Linha de Frente (@LinhadeFrenteBA) October 31, 2022
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