Neto justifica voto em Bolsonaro em 2018 e admite saudade “do lado pessoal” de João Roma
Neto está rompido politicamente com Roma desde a entrada do deputado federal licenciado no governo Bolsonaro
Pré-candidato ao Governo da Bahia, ACM Neto (DEM) justificou a preferência por Jair Bolsonaro (PL) na eleição presidencial em 2018 como voto “anti-PT”. Ele ainda disse, nesta terça-feira (21/12), que não foi procurado por Fernando Haddad (PT) para conversar sobre a eleição.
“Chegou no segundo turno, como presidente nacional do Democratas, eu liberei o partido pra que não houvesse esse apoio formal e, aqui na Bahia, declarei voto a Bolsonaro. Porque, naquele momento era um voto anti-PT. Mas não fiz campanha. Não fiz campanha. Pois bem, declarei o meu voto e votei, como mais de 50 milhões de brasileiros fizeram a mesma coisa, na expectativa que alguma coisa diferente pudesse acontecer na política. A gente veio daquele desastre do último governo da Dilma. A gente veio de um período muito conturbado no mandato de Michel Temer, aquela fase de transição”, disse, em entrevista à Rádio Metrópole FM.
"Temos aqui dois caminhos: o PT, o Haddad, com quem eu até tenho boa relação. Mas ele não procurou a gente pra conversar. Ele não propôs fazer uma coisa mais ampla naquele momento. E do outro lado, Bolsonaro. Votei em Bolsonaro. Esperei, por um bom tempo, que ele pudesse acertar. Porque o sujeito, depois de eleito, quando ele senta na cadeira, o mínimo que você espera é que caia a ficha e que ele tenha noção do peso do mandato que ele exerce”, acrescentou.
EX-ALIADO
Neto falou também sobre a relação com o ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos), com quem está rompido politicamente desde o início do ano, período da entrada do deputado federal licenciado no governo Bolsonaro.
"Não era uma certa amizade. Era uma fortíssima amizade. Amizade de 20 anos. Amizade de frequentarmos a casa um do outro. Acho que foi resultado dessa amizade que ele me convidou para ser padrinho do casamento dele, padrinho da filha dele. Sempre tivemos uma convivência muito próxima, uma relação de estreita confiança”, confessou.
“João tem muitos valores, muitas qualidades. Se não tivesse, eu não teria descoberto o talento dele. Não teria ajudado a projetar. Não teria chamado pra ser meu chefe de gabinete. Não teria dado oportunidade de ser deputado federal pela Bahia, tendo em vista que ele veio de outro estado. Eu confesso a você: desse episódio, o que eu lamento mais, o que eu sinto mais é até do lado pessoal. Na política, a gente está acostumado com muita coisa, é normal”, emendou.
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