Mesmo após punições, Soldado Corrêa anuncia pré-candidatura a deputado federal

'Quem não gostou, não gostou', afirmou ao lançar nome: Mesmo após punições, Soldado Corrêa anuncia pré-candidatura a deputado federal

Por João Tramm.

O policial militar da Bahia e influenciador digital, Soldado Côrrea, tem uma trajetória marcada por desavenças na corporação. Mesmo após punições, Soldado Corrêa anuncia pré-candidatura a deputado federal. A fala que marcou seu ingresso oficial na política foi neste domingo (8).

Corrêa chegou a ser preso administrativa em outubro preso, após sugerir que o ex-ministro da Justiça, Flávio Dino, tinha relações com o crime organizado. Na decisão que motivou a prisão por 30 dias, o comando-geral da PM considerou que, em entrevista a um podcast, Corrêa fez “apologia à violência e letalidade policial".

Mesmo após punições, Soldado Corrêa anuncia pré-candidatura a deputado federal

Mesmo após punições, Soldado Corrêa anuncia pré-candidatura a deputado federal

Segundo Corrêa, ele evitou se manifestar politicamente por medo de novas penalidades. “O medo era que eu viesse para a política. Não entrei na polícia para ser político, nem vim para a internet buscando isso”, declarou. Apesar disso, admitiu que agora o cenário mudou: “Tô avisando a vocês: em 2026, eu sou pré-candidato a deputado federal. Quem gostou, gostou, quem não gostou, não gostou”.

O militar também afirmou estar preparado para deixar a corporação caso a cúpula avance com uma eventual demissão. “Querem me demitir para me deixar inelegível? Então me demito. Saio pela porta da frente, com a cabeça erguida”. E encerrou reforçando sua disposição em seguir na disputa eleitoral: “Se não conseguirem me tirar, em 2026 eu sou pré-candidato a deputado federal. Sem Jesus nem tente. Força e honra sempre”.

Penalidades internas

A decisão de se lançar na disputa ocorre depois de diversas penalidades internas, entre elas uma detenção administrativa de 30 dias, ocorrida no ano anterior, motivada por manifestações consideradas pela PM-BA como afronta às normas de conduta da instituição. A punição veio após declarações controversas feitas em um podcast, quando Corrêa afirmou que “se alguém mexer com minha família, que se ‘foda’ a lei”. 

Além disso, registros oficiais apontam críticas ao então ministro — hoje ministro do STF — Flávio Dino, e falas entendidas como incentivo à violência, resultando em processos e medidas disciplinares.

Em vídeo publicado nas redes sociais, o soldado relatou que as punições o afastaram de suas atribuições e reduziram sua renda mensal. “Me afastaram, me prenderam, tomaram minha arma. Fizeram questão de divulgar que eu estava desarmado. Fui ameaçado, tomei tiro, fui baleado”, afirmou. Ele também declarou ter sido proibido de realizar atividades remuneradas extras e destacou que responde a dois processos administrativos que, conforme sua avaliação, poderiam torná-lo inelegível por oito anos se culminarem em sua expulsão.

O então comandante-geral da PM, Paulo Coutinho, chegou a repreender as atitudes e falas do Soldado Côrrea: "Estamos conscientizando. Os que não atenderem à orientação, nós temos que as medidas disciplinares. [...] Queria deixar bem claro que nós orientamos os desavisados e punimos os incorrigíveis", opinou.

Já Côrrea entende que a decisão de puni-lo tem carácter político e que os atos disciplinares são perseguição contra ele.

Soldado Correa

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