Após recorde de letalidade entre pessoas negras no Brasil, Lula lança plano de ações
Plano "Juventude Negra Viva" terá ações para a redução da violência letal e outras vulnerabilidades sociais que afetam essa parcela da população
Créditos da foto: Fábio Rodrigues Pozzebom - Agência BrasilO presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou nesta quinta-feira (21/3) o plano "Juventude Negra Viva", que prevê investimento de R$ 665 milhões nos próximos anos em ações de 18 ministérios para a redução da violência letal e outras vulnerabilidades sociais que afetam esse grupo. Considerando políticas que englobam os jovens negros, mas não são exclusivos para este público, o custo do plano ultrapassa R$ 1,5 bilhão.
De acordo com a última pesquisa do Atlas da Violência, publicado em dezembro do ano passado, quase oito em cada dez pessoas mortas no Brasil são negras. O ano de referência do estudo foi 2021. A taxa de homicídios de pessoas negras em 2021 (31 casos para 100 mil habitantes) neste ano foi o triplo da registrada entre o restante da população (brancos, amarelos e indígenas), de 10,8. Foi a maior discrepância em 11 anos.
Em cerimônia de lançamento do plano, Lula afirmou que não se pode “achar normal” o extermínio da juventude negra do país. “Todos os dias, pessoas negras, crianças, jovens, adultos, idosos são vítimas de múltiplas violações de direito em um contexto de vulnerabilidade que nós, poder público, e a sociedade não podemos aceitar”, afirmou em evento em Ceilândia, região administrativa do Distrito Federal.
Ao se dirigir ao público da cerimônia, Lula afirmou que os jovens precisam se motivar politicamente. “Precisamos de cada vez mais negros ocupando espaço de poder: procuradores, juízes, ministros dos tribunais superiores, servidores públicos do primeiro escalão, deputados, senadores, ministros e, por que não dizer, até um presidente da República pode amanhã vir a ser um negro, e quem sabe esse presidente pode estar aqui nesse plenário, pode ser um de vocês”.
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Em cerimônia de lançamento do plano, Lula afirmou que não se pode “achar normal” o extermínio da juventude negra do país. “Todos os dias, pessoas negras, crianças, jovens, adultos, idosos são vítimas de múltiplas violações de direito em um contexto de vulnerabilidade que nós, poder público, e a sociedade não podemos aceitar”, afirmou em evento em Ceilândia, região administrativa do Distrito Federal.
Ao se dirigir ao público da cerimônia, Lula afirmou que os jovens precisam se motivar politicamente. “Precisamos de cada vez mais negros ocupando espaço de poder: procuradores, juízes, ministros dos tribunais superiores, servidores públicos do primeiro escalão, deputados, senadores, ministros e, por que não dizer, até um presidente da República pode amanhã vir a ser um negro, e quem sabe esse presidente pode estar aqui nesse plenário, pode ser um de vocês”.
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