Luciano Huck vai comandar programa dominical e diz que não será candidato à presidência da república em 2022

O apresentador Luciano Huck, 49 anos, revelou na madrugada desta quarta-feira (16/6) que não será candidato à presidência em 2022. Em vez disso, ele vai substituir o apresentador Fausto Silva no comando de um programa exibido aos domingos na TV Globo. A declaração foi feita durante sua participação no "Conversa com Bial" da mesma emissora.

“Vou ser muito franco aqui na abertura. Acho bom deixar a fotografia bem clara. Nunca me lancei candidato a nada. Então, não estaria me retirando de nada”, iniciou Luciano Huck que afirma que, independentemente da resposta que Bial espera dele, ele não sairá mais do debate público.

O apresentador afirma que não tem desejo pessoal de ocupar um cargo público, de seguir numa carreira política, mas reiterou que continuará no debate político e não descartou disputar o cargo no futuro. Vale lembrar que Luciano, que está engajado na articulação de uma alternativa aos dois polos, apareceu com 4% das intenções de voto em pesquisa Datafolha de maio, bem atrás do ex-presidente Lula que liderou, com 41%, e de Bolsonaro, o segundo colocado, com 23%.

"Eu não saio mais do debate público. Vou estar no debate público para sempre. Gosto desta arena, do debate das ideias. Acho que a gente tem que que superar o que tanto nos atrapalha hoje em dia, que é essa divisão do país, essa polarização, essa raiva que se criou entre quem pensa diferente", acrescentou o titular do "Caldeirão do Huck", alegando que a intenção de contribuir para "um país mais justo" poderá ser cumprido a partir do ano que vem com a migração para o horário nobre da emissora aos domingos.

"Tenho certeza que eu posso contribuir muito para o país estando nos domingos da Globo e fazendo um programa que se conecte com as pessoas, que ouça as pessoas, que traga a esperança de volta e resgate nossa autoestima. Mas isso não quer dizer que eu esteja fora do debate público", reforçou.

Sem mencionar pré-candidatos ao Planalto, Huck se esquivou de perguntas mais específicas sobre análise de cenário, sob a justificativa de que não é hora de debater o pleito ou nomes, mas ideias e que "dar nome aos bois seria fulanizar as soluções dos problemas. É jogar o debate numa vala mais rasa." Bial relembrou que nas ultimas eleições presidenciais, Huck não declarou voto, mas afirmou que nunca votou e jamais votaria no PT. Ele ainda teria dito na época, sobre Bolsonaro, que “as pessoas têm chances de amadurecer, têm uma chance de ouro de ressignificar a política no Brasil” e questionou se ele reafirmaria as duas posições.

“Nunca ninguém me perguntou isso diretamente. Não vou me furtar da resposta, porque hoje em dia no Brasil você não se posicionar é pactuar com o que está acontecendo. O voto no Brasil é secreto, mas eu vou compartilhar porque você me perguntou: eu votei em branco na última eleição, e acho que, naquela circunstância, é o que eu deveria ter feito, e fiz com bastante tranquilidade. Os dois candidatos que se apresentavam naquela época [Fernando Haddad, do PT, e Jair Bolsonaro, então no PSL], eu não me sentia representado por nenhum dos dois e achei melhor votar em branco. Então não me arrependo, eu votei em branco e votaria em branco de novo”, argumentou Huck.

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