Kleber Rosa fala em “preocupação” com crescimento do bolsonarismo na Bahia; “minoria mobilizada”
Apesar da derrota acachapante, o PL, partido de Bolsonaro, apresentou crescimento da representação na Assembleia Legislativa (AL-BA)
Candidato a governador da Bahia no primeiro turno das eleições, Kleber Rosa (PSOL) se diz preocupado com o crescimento do movimento bolsonarista no estado, ainda que o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tenha vencido o presidente Jair Bolsonaro (PL) em território baiano com 72,12% dos votos.
Apesar da derrota acachapante, o PL, partido de Bolsonaro, apresentou crescimento da representação na Assembleia Legislativa (AL-BA). Até este ano, era apenas um deputado estadual: Capitão Alden. Para 2023, serão quatro: Vitor Azevedo, Leandro de Jesus, Raimundinho da JR e Diego Castro.
“Nós não podemos menosprezar o tamanho dessas pessoas, ainda que aqui localmente eles sejam minorias eleitorais”, sentenciou, em entrevista ao Aratu On.
Para o psolista, a extrema-direita vem demonstrando maior capacidade de mobilização e, na visão dele, a tendência é que isto se torne mais organizado. “É uma minoria que do ponto de vista político pode estar muito mobilizada, vide essas movimentações que estão sendo feitas no Brasil inteiro e fizeram na Bahia também. Mostra a articulação nacional, estrutura de financiamento e persistência”, analisou.
“Se antes eles eram orientados por discursos e falas do presidente, que mobilizava e estimulava, a ausência dessa figura nacional pode fazer com que esses grupos se organizem em células mesmo, nazifascistas, e possa ter ações mais articuladas a nível de organização política”, acrescentou.
Por conta deste panorama, Rosa defende que o PSOL integre a base de apoio do governador eleito Jerônimo Rodrigues (PT). “Se não é a qualquer custo, também não pode ser, a priori, a negação da entrada [na base de Jerônimo], porque a conjuntura exige que tenhamos mais cautela, cuidado e que façamos um debate mais aprofundado e detalhado para não cometer nenhum erro histórico, porque a história não perdoa”, concluiu.
Atualmente, a legenda faz parte da equipe de transição de Jerônimo, mas ainda não definiu oficialmente se estará no próximo governo.
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