Kléber Rosa diz que objetivo do PSOL é conquistar prefeitura de Salvador
Após lançar pré-candidatura a deputado estadual, em entrevista ao Aratu On, Kléber Rosa diz que objetivo do PSOL é conquistar prefeitura de Salvador em 2028
Por João Tramm.
O coordenador-geral da Federação dos Trabalhadores Públicos do Estado da Bahia (Fetrab) e servidor público, Kléber Rosa (PSOL), anunciou no último sábado (13) sua pré-candidatura a deputado estadual para as eleições de 2026, durante evento na Casa do Olodum, no Pelourinho. Na última semana, Rosa já tinha anunciado que tinha desistido de concorrer ao governo da Bahia em 2026.
Rosa foi o segundo colocado na disputa pela prefeitura de Salvador em 2024, quando obteve 138.610 votos (10,43%), o melhor desempenho da história do PSOL na capital, superando inclusive o vice-governador Geraldo Júnior (MDB). Em entrevista ao Aratu On, Kléber afirmou que o foco do partido é na eleição municipal de 2028.
PSOL nas eleições de 2026
Apesar da prioridade atual não ser o governo do estado, Rosa já afirmou ao Linha de Frente, da Antena1, que sonha em ser governador do estado. Apesar disso, o partido hoje entende que precisa combater com urgência a crescente da extrema-direita no país e que isso passa pelo legislativo.
“Estamos preparando nossa chapa para 2026 de maneira que mais uma vez a gente expresse um crescimento. A gente tem como meta superar esse grupo político e conquistar a direção da cidade para implementar uma gestão popular”, declarou.
O pré-candidato destacou que o desempenho de 2024 demonstrou que parte do eleitorado progressista busca novas alternativas. “Esse objetivo nosso de demarcar uma nova posição foi vitorioso em 2024, à medida que a gente terminou em segundo lugar, derrotando a opção dirigida pelo grupo petista, dando sinal que os eleitores progressistas anseiam por algo novo e enxergaram na gente como representação desse novo”, afirmou.
Rosa explicou que a disputa de 2026 deve consolidar o espaço conquistado e abrir caminho para 2028.
“Hoje as eleições de 2026 são um lugar para a gente afirmar a posição de 2024, para talvez ter a candidatura nossa representando todo o campo progressista em 2028”, disse.
Apesar de ter como principal objetivo conquistar a prefeitura de Salvador, o PSOL ainda deve disputar o governo do estado em 2026. Segundo Kléber Rosa, o partido deve confirmar nesta terça-feira (16) o nome que concorrerá ao governo da Bahia em 2026, apesar disso, ao Aratu On, Rosa antecipou que o nome posto o governo não será o do deputado estadual Hilton Coelho, que deve seguir para reeleição.
De acordo com Rosa, a legenda pretende ampliar sua bancada na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), que hoje conta com apenas um representante. O planejamento é de chegar até três nomes no parlamento estadual e um nome representando o PSOL-BA na Câmara dos Deputados.
PT-PSOL em 2028
Kléber também ressaltou que o PSOL tem buscado amadurecer sua relação com outros partidos de esquerda, sobretudo o PT. “O PT ser vice da gente em 2028 é sonho utópico, a gente não pode desprezar o tamanho do PT. Queremos ter candidatura em 2028, mas abertos para espaço de diálogo pela unidade”, pontuou.
Ele ainda criticou a influência da extrema direita no cenário político brasileiro: “A semente que Bolsonaro plantou está germinando, que é o fascismo, a extrema direita, a negação da política e da democracia. Por compreender a urgência desse enfrentamento, nosso grupo fez um giro para compor as Casas Legislativas”.
PSOL no governo Lula
Sobre a possibilidade de o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) integrar o governo Lula, Rosa disse que institucionalmente o partido mantém posição de independência.
“O PSOL tem uma posição de não participar de ministério no governo Lula, é de se manter na base do governo, votando a favor daquilo de interesse popular. Eu procuro ter disciplina partidária, defender aquilo que o partido definiu: não entrar no governo, defender a democracia, os movimentos sociais, mas de fora do governo.”
Apesar disso, ele reconheceu que o tema pode provocar novos debates internos. “Obviamente, se se consolidar essa ida [de Boulos], talvez o partido precise se organizar nesse sentido, afinal, ele expressa a história do partido”, disse.
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