Vereadora diz ter sofrido ataques racistas em sessão na Câmara de Salvador; colegas se solidarizam
Ireuda ocupou a tribuna da Câmara e disse que foi cercada por homens e mulheres que queriam que o reajuste para o Magistério Público fosse de 20%, sendo agredida com palavras racistas, como “negra suja”
Créditos da foto: Divulgação / CMS
Os vereadores deixaram de lado as disputas ideológicas e repudiaram, na sessão ordinária desta terça-feira (13/6), as agressões racistas e machistas denunciadas pela vereadora Ireuda Silva (Republicanos), após a sessão ordinária realizada na segunda-feira (12/6), na qual foi aprovado o reajuste de 8% dos vencimentos para os servidores ativos, inativos e pensionistas do magistério municipal.
Ireuda ocupou a tribuna da Câmara e disse que foi cercada por homens e mulheres que queriam que o reajuste para o Magistério Público fosse de 20%, sendo agredida com palavras racistas, como “negra suja”, e intimidações de toda ordem. “Vou tomar as medidas cabíveis para que esses agressores sejam identificados e punidos”, afirmou a vereadora, em nota enviada à imprensa.
Ela ressaltou que “votou com consciência” e dentro da possibilidade financeira da Prefeitura. Ela diz, ainda, que o capitão Carrilho, da Assistência Militar da Câmara, evitou um linchamento público.
MEDIDAS
O presidente da Câmara, vereador Carlos Muniz (PSDB), se solidarizou com a vereadora Ireuda e frisou que, quando houver votação com manifestação, “todas as medidas serão tomadas para garantir a segurança dos vereadores”. Muniz ressaltou que “é inadmissível qualquer tipo de ofensa e todos têm que respeitar o contraditório”.
O vereador Téo Senna (PSDB) ressaltou que Ireuda “trava com bravura uma luta contra o racismo e contra a violência de gênero, não podendo ser agredida dessa forma em razão de uma votação que foi por acordo”.
“Sabemos o que passamos e como o racismo funciona. Repudiamos qualquer ato de violência”, afirmou o vereador Sílvio Humberto (PSB), ao se solidarizar com a colega Ireuda Silva.
As vereadoras Marta Rodrigues (PT) e Laina Crisóstomo (PSOL) ressaltaram que o contraditório tem que ser respeitado em qualquer situação. “Racismo e machismo são coisas sérias. Não concordamos com essa prática”, frisou Laina.
Uma apuração detalhada dos fatos foi solicitada pelo vereador Leandro Guerrilha (PP), que disse que também já sofreu agressões por votar contra interesses de certas categorias que ocuparam as galerias da Câmara. “Repudio todo tipo de violência e voto com a minha consciência”, assegurou.
O vereador Alexandre Aleluia (PL) também repudiou a agressão e reforçou a necessidade de uma averiguação dos fatos para punir os autores. O colega Julio Santos (Republicanos), disse que “o protesto é aceitável, mas não é admissível fazer o que fizeram com Ireuda”.
“Tem que haver respeito mútuo”, afirmou o vereador Antonio Carolino (Podemos). O vereador Isnard Araújo (PL) pediu para a Casa instalar mais câmeras no Paço para identificar quem pratica agressões contra os colegas.
O vereador Orlando Palhinha (União) também se solidarizou à vereadora Ireuda e condenou os atos machistas e racistas.
LEIA MAIS: Nova estação do Tramo 3 do metrô de Salvador será entregue nesta quarta-feira (14)
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Ireuda ocupou a tribuna da Câmara e disse que foi cercada por homens e mulheres que queriam que o reajuste para o Magistério Público fosse de 20%, sendo agredida com palavras racistas, como “negra suja”, e intimidações de toda ordem. “Vou tomar as medidas cabíveis para que esses agressores sejam identificados e punidos”, afirmou a vereadora, em nota enviada à imprensa.
Ela ressaltou que “votou com consciência” e dentro da possibilidade financeira da Prefeitura. Ela diz, ainda, que o capitão Carrilho, da Assistência Militar da Câmara, evitou um linchamento público.
MEDIDAS
O presidente da Câmara, vereador Carlos Muniz (PSDB), se solidarizou com a vereadora Ireuda e frisou que, quando houver votação com manifestação, “todas as medidas serão tomadas para garantir a segurança dos vereadores”. Muniz ressaltou que “é inadmissível qualquer tipo de ofensa e todos têm que respeitar o contraditório”.
O vereador Téo Senna (PSDB) ressaltou que Ireuda “trava com bravura uma luta contra o racismo e contra a violência de gênero, não podendo ser agredida dessa forma em razão de uma votação que foi por acordo”.
“Sabemos o que passamos e como o racismo funciona. Repudiamos qualquer ato de violência”, afirmou o vereador Sílvio Humberto (PSB), ao se solidarizar com a colega Ireuda Silva.
As vereadoras Marta Rodrigues (PT) e Laina Crisóstomo (PSOL) ressaltaram que o contraditório tem que ser respeitado em qualquer situação. “Racismo e machismo são coisas sérias. Não concordamos com essa prática”, frisou Laina.
Uma apuração detalhada dos fatos foi solicitada pelo vereador Leandro Guerrilha (PP), que disse que também já sofreu agressões por votar contra interesses de certas categorias que ocuparam as galerias da Câmara. “Repudio todo tipo de violência e voto com a minha consciência”, assegurou.
O vereador Alexandre Aleluia (PL) também repudiou a agressão e reforçou a necessidade de uma averiguação dos fatos para punir os autores. O colega Julio Santos (Republicanos), disse que “o protesto é aceitável, mas não é admissível fazer o que fizeram com Ireuda”.
“Tem que haver respeito mútuo”, afirmou o vereador Antonio Carolino (Podemos). O vereador Isnard Araújo (PL) pediu para a Casa instalar mais câmeras no Paço para identificar quem pratica agressões contra os colegas.
O vereador Orlando Palhinha (União) também se solidarizou à vereadora Ireuda e condenou os atos machistas e racistas.
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