Política

Exército, Marinha e Aeronáutica aprovam compra de mais de 35 mil unidades de viagra; entenda

O levantamento identificou que oito pregões foram realizados por unidades ligadas aos comandos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica

Por Da Redação

Exército, Marinha e Aeronáutica aprovam compra de mais de 35 mil unidades de viagra; entenda  Pixabay

As Forças Armadas aprovaram a compra de mais de 35 mil unidades de um medicamento que costuma ser usado para tratar disfunção erétil - popularmente conhecido como viagra. A informação foi divulgada pela colunista Bela Megale, do jornal O Globo.


As informações da matéria foram descobertas a partir de dados disponibilizados no Portal da Transparência e do Painel de Preços do Governo Federal, e coletados pela equipe do deputado federal Elias Vaz (PSB-GO).


O levantamento identificou que oito pregões foram realizados por unidades ligadas aos comandos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. Os processos de compra foram homologados em 2020 e 2021 e seguem válidos neste ano.


Nos processos de compra, o medicamento é identificado pelo nome do princípio ativo Sildenafila, composição Sal Nitrato (Viagra), nas dosagens de 25 mg e 50 mg. O maior volume, de 28.320 comprimidos, tem como destino a Marinha. Outros 5 mil comprimidos foram aprovados para Exército e outros 2 mil, para Aeronáutica. 


O deputado apresentou ao Ministério da Defesa um requerimento em que pede explicações sobre o processo de aquisição do medicamento. 


"Precisamos entender por que o governo Bolsonaro está gastando dinheiro público para comprar Viagra e nessa quantidade tão alta. As unidades de saúde de todo o país enfrentam, com frequência, falta de medicamentos para atender pacientes com doenças crônicas, como insulina, e as Forças Armadas recebem milhares de comprimidos de Viagra. A sociedade merece uma explicação", disse Vaz.


Em resposta, Marinha e Aeronáutica informaram que as compras visam auxiliar o tratamento de pacientes com Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP), "uma síndrome clínica e hemodinâmica que resulta no aumento da resistência vascular na pequena circulação, elevando os níveis de pressão na circulação pulmonar.


A Marinha afirma que a síndrome “pode ocorrer associada a uma variedade de condições clínicas subjacentes ou a uma doença que afete exclusivamente a circulação pulmonar”.


A Marinha declarou que se trata de uma “doença grave e progressiva que pode levar à morte”. O Exército não respondeu aos questionamentos da coluna. 


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