Em live semanal, Bolsonaro ataca presidente do TSE e Ministro do STF: "não podem dar 'piruada' sobre o governo"
Bolsonaro acusou presidente do TSE de "dever favores ao PT", de ter "profundo amor e consideração" pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) dedicou sua live semanal, desta última quinta-feira (5/8), para insistir em informações falsas sobre a segurança das urnas eletrônicas e retomar os ataques ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso e ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
"Vocês não foram eleitos para decidir o futuro do povo. Quem foi eleito fui eu e o Congresso brasileiro. Vocês foram eleitos para interpretar a Constituição. Não podem continuar legislando, dando 'piruada', falando o que eu e o Parlamento devem e não devem fazer”, criticou Bolsonaro.
“Tenho que ter paz para trabalhar. Poderia estar rendendo muito mais se não fossem esses ataques dos dois ministros do STF contra o governo o tempo todo."
Ao mencionar a decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, de cancelar uma reunião dos chefes de Poderes por entender que ele não quer diálogo, Bolsonaro disse lamentar que o magistrado se "alie" à imprensa.
“Quero deixar claro ao ministro Fux: na minha palavra aqui não tem um ataque ao STF. Zero. O senhor lê jornal, que só serve para envenenar o povo”, afirmou o presidente, que convidou Fux a acompanhá-lo em ato com apoiadores no dia 7 de setembro, em São Paulo.
DERROTA
Enquanto Bolsonaro fazia a transmissão ao vivo pelas redes sociais, a proposta de emenda à Constituição que institui o voto impresso no Brasil ainda não havia sido derrotada na comissão especial da Câmara.
“Até em guerra os comandantes conversam, para ver se querem um armistício. Da minha parte está aberto o diálogo, ministro Fux. Só nós dois. Ou chama também o Rodrigo Pacheco (presidente do Senado), o Lira (Arthur Lira, presidente da Câmara), sugeriu.
Bolsonaro acusou Barroso de "dever favores ao PT", de ter "profundo amor e consideração" pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – que lidera as pesquisas de intenção de voto – e de não querer "lisura" nem "voto democrático" nas eleições.
Sem apresentar provas, Bolsonaro insinuou que o ministro estaria participando de um "acerto" para as eleições de 2022 e afirmou que as urnas não são seguras. "O que está acertado para o ano que vem? Isso nos deixa com dúvidas", afirmou.
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