Política

CPI para investigação de Planserv só precisa de mais uma assinatura para investigação

De acordo com documento, TCE apontou dívidas de exercícios anteriores do plano

Por Da Redação

CPI para investigação de Planserv só precisa de mais uma assinatura para investigaçãoCréditos da foto: Divulgação
Autor do pedido de instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a prestação de serviços do plano de saúde dos servidores públicos, o Planserv, o deputado estadual Leandro de Jesus (PL), usando as redes sociais, voltou a denunciar irregularidades que, segundo o parlamentar, têm a ver com a falta do repasse e retenção de recursos da Secretaria de Administração da Bahia (SAEB) para clínicas e hospitais que atendiam o plano.
Na publicação, Leandro afirma que o Tribunal de Contas do Estado (TCE-BA) apontou diversas irregularidades no exercício de 2021 no Fundo de Custeio do Plano de Saúde dos Servidores Públicos Estaduais (Funserv). No documento que o deputado teve acesso é possível notar que o TCE apontou dívidas de exercícios anteriores.
"A ausência do termo de reconhecimento de débito emitido por autoridade competente no processo de pagamento examinado, cujo montante pago foi de R$120.798.995,41 referente a pagamentos efetuados através de DEA a mais de 1.000 (um mil) prestadores referenciados e credenciados do plano, além de configurar situação grave que desrespeita o inciso II do art. 2 do Decreto Estadual nº 181-A/1991, evidencia falhas no controle interno do Planserv e da SAEB relativas a realização de pagamentos de despesas de exercícios anteriores sem o devido reconhecimento da autoridade competente e a formalização dos processos", diz o documento.
Outra situação denunciada por Leandro de Jesus foi a falta de pagamento a prestadores de serviços médicohospitalares. Com a justificativa de buscar o equilíbrio econômico-financeiro para evitar instabilidade no sistema de assistência à saúde, já que, segundo o plano, houve aumento exponencial das despesas assistenciais em saúde, intensificado desde o começo de 2017, a partir do mês de 05/2017, a administração do Planserv estabeleceu limitação orçamentária, passando a efetuar retenções financeiras dos valores que ultrapassaram o teto determinado pelo Plano para cada prestador de serviços médico-hospitalares credenciado.
Na Inspeção da SAEB de 2018 foi apontado pela Auditoria que o saldo acumulado retido/devido pelo Planserv aos prestadores credenciados ao plano, no período de 03/2017 até 08/2018, foi de R$52.316.038,22. Já no exame das Contas de 2018 foi verificado que o saldo acumulado devido pelo Planserv aos prestadores credenciados em 12/2018, apesar das devoluções extrateto efetuadas, tinha aumentado para R$62.173.003,00.
"O TCE determinou que a SAEB/Planserv efetuasse o pagamento dos serviços médicos hospitalares prestados, tempestivamente, no entanto, o plano e a Secretaria não atenderam determinação da Corte de Contas, pois, não efetuou os pagamentos, retendo ilegalmente os valores devidos aos prestadores de serviços médicos hospitalares", enfatizou o deputado.
Considerando o saldo ainda a pagar de 2020, de R$926.403,16, somado ao saldo a pagar de 2021, de R$48.283.566,84, o montante devido pelo Planserv aos prestadores de serviços médico-hospitalares credenciados no final de exercício de 2021, resultou em R$ 49.209.970,00.
Além da irregularidade pela retenção dos pagamentos aos prestadores, O Tribunal também verificou uma "situação ainda mais agravante", qual seja, a não evidenciação deste montante financeiro no Sistema Integrado de Planejamento, Contabilidade e Finanças (FIPLAN), bem como nos Demonstrativos das Origens e Aplicações dos Recursos do FUNSERV de 2020 e de 2021, que são publicados mensalmente por determinação legal no Diário Oficial do Estado da Bahia, configurando Passivo Oculto.
O pedido de CPI para investigar esta situação e outras denúncias apresentadas pelo parlamentar conta com 20 assinaturas de deputados. Para as investigações terem prosseguimento na Alba, é necessário que o requerimento tenham, no mínimo 21.
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