Com pressão por candidatura própria, PT se reúne com Wagner e Rui para avaliar cenário da candidatura ao Governo da Bahia

Em meio ao clima interno de insatisfação no PT da Bahia com a iminente desistência de Jaques Wagner de disputar a eleição para o Governo do Estado, o partido realizará nesta segunda-feira (28/2), à 14h, uma reuniãio geral para debater sobre o panorama petista no pleito pelo Palácio de Ondina. Parte da legenda exige que haja candidatura própria.

O Aratu On apurou que Wagner e governador Rui Costa estarão presentes no debate, que também terá vereadores de Salvador, deputados e membros dos diretórios estadual e nacional. O objetivo é chegar a um consenso acerca do posicionamento da legenda na eleição deste ano.

Embora não fale abertamente sobre, os bastidores políticos apontam que Wagner desistiu de se candidatar ao Governo. Desta forma, ele abriria espaço para o senador Otto Alencar (PSD). Portanto, diante deste contexto, o PT não teria candidato. Rui Costa, por sua vez, sairia como candidato ao Senado, e deixaria o cargo de governador no próximo mês. O vice, João Leão, assumiria um mandato tampão.

A articulação gerou irritação e contestações públicas de lideranças petista, a exemplo do deputado federal Jorge Solla e da vereadora soteropolitana Maria Marighella, que exigem que a sigla tenha candidatura própria, e questionaram a falta de diálogo de Wagner, Rui e do presidente Éden Valadares com a maior parte dos filiados ao partido.

No último sábado (26/2) diretórios municipais reagiram à articulação e puseram pressão em cima da alta cúpula do PT. O Aratu On teve acesso a comunicados emitidos por direções de sete cidades – Salvador, Feira de Santana, Caravela, Brejões, Vitória da Conquista, Jequié e Elísio Medrado. A reivindicação é clara: o PT tem que ter candidato ao Governo da Bahia.

As contestações se iniciaram no final da última semana. Enquanto cresciam os rumores a respeito da desistência de Wagner, petistas começaram a se articular internamente para propor alternativas à ausência do senador na eleição. Neste cenário, surgiu o nome da prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho. Contudo, a possibilidade chegou a ser tratada de forma embrionária e ainda não prosperou.

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