Carlos Wizard chega ao Brasil para depor na CPI da Covid-19; empresário foi citado por Pazuello
O ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que foi ele quem convidou Wizard a contribuir com o gabinete paralelo.
O empresário suspeito de participar do gabinete paralelo do governo, Carlos Wizard, chegou ao Brasil nesta segunda-feira (28/6) para prestar o depoimento a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19. Logo após desembarcar no Aeroporto de Viracopos, ele foi conduzido para a sede da Polícia Federal e entregou o passaporte.
Wizard é apontado como membro do gabinete que aconselhava Jair Bolsonaro a defender medidas ineficazes no combate à pandemia. Ele será ouvido no Senado na quarta-feira (30/6).
O depoimento de Wizard estava marcado para 17 de junho, mas ele não compareceu. O empresário saiu do país em 30 de março para acompanhar familiares em um tratamento de saúde. Ele chegou a pedir para ser ouvido de forma remota, mas a CPI rejeitou essa possibilidade. Após a ausência, os advogados fizeram contato com integrantes da CPI solicitando a remarcação o depoimento.
O ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que foi ele quem convidou Wizard a contribuir com o gabinete. "Quando fui chamado pra cá, o puxei, e pedi ajuda por ele ser um grande link entre o Ministério da Saúde e a compreensão da parte social, do público", disse Pazuello na CPI.
A CPI então quebrou os sigilos de Wizard, e o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), pediu à Justiça a condução coercitiva e a retenção do passaporte do empresário. A defesa afirma que ele "não tem nada a esconder". Wizard pretende retornar ao país norte-americano após o depoimento, já que os familiares seguem com o tratamento.
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