Caetano (PT) é eleito prefeito de Camaçari após disputa acirrada e confusão no segundo turno
No primeiro turno, Caetano saiu na frente com 49,54%, enquanto Flávio ficou com 49,15%, uma diferença de 0,39%, o que equivale a pouco mais de 550 votos
Após disputa acirrada à prefeitura de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, Luiz Caetano (PT) é eleito prefeito da cidade neste domingo (27/10) com 50,92% dos votos. A vice-prefeita é Pastora Déa. Com 2.902 votos a menos, Flávio Matos (União) saiu das eleições com 49,08%.
Camaçari foi o único município baiano a ter segundo turno nas eleições municipais deste ano. No primeiro turno, Caetano saiu na frente com 49,54%, enquanto Flávio ficou com 49,15%, uma diferença de 0,39%, o que equivale a pouco mais de 550 votos.
Luiz Caetano já foi prefeito de Camaçari três vezes, a mais recente, de 2005 a 2012, após ser reeleito, e também foi candidato do Partido dos Trabalhadores nas eleições municipais de 2016, quando perdeu para o atual prefeito da cidade, Elinaldo Araújo (União). Hoje, Caetano votou acompanhado do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), da candidata a vice, Pastora Déa, e outras autoridades.
Apoiado por Elinaldo, Flávio Matos foi eleito vereador de Camaçari em 2016, com 1794 votos, e reeleito em 2020, sendo o mais votado do município. Neste segundo turno, Flávio votou acompanhado do vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, e do prefeito de Salvador, Bruno Reis (União).
DENÚNCIA DE COMPRA DE VOTOS
Atual prefeito de Camaçari, Elinaldo Araújo (União), foi parar na delegacia durante a votação para o segundo turno municipal, na manhã deste domingo (27). Ao Aratu On, o político informou que foi até a unidade policial, por conta própria, após um eleitor vestindo uma camisa azul (associada ao grupo político de Elinaldo), ser conduzido por suposta compra de votos.
“Eu fui votar no Mascarenhas [Escola Estadual José de Freitas Mascarenhas], de manhã cedo e me encontrei com essa situação totalmente complicada, um eleitor de azul sendo acusado de compra de votos, não tinha nenhum adesivo, não tinha dinheiro nenhum na mão. Fui saber se tinha alguma prova contra o cidadão; nenhuma!”, disse o prefeito.
Após seguir a ocorrência, que foi encaminhada para a 18ª Delegacia Territorial de Camaçari, Elinaldo acusou a PM de parcialidade, afirmando que “só tinham pessoas presas com a camisa azul”.
Em nota, a Polícia Militar (PM) informou que “uma guarnição foi acionada para verificar uma denúncia de prática de boca de urna no município de Camaçari. No local, um indivíduo foi flagrado e conduzido à delegacia para prestar esclarecimentos”.
Além disso, a PM destacou que Elinaldo "acompanhou o acusado por vontade própria, não sendo conduzido pela guarnição" e que "todas as suas ações seguem estritamente os parâmetros legais e são realizadas com o objetivo de garantir a ordem e o cumprimento das normas eleitorais".
Em entrevista coletiva realizada neste domingo (27), na sede do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), o presidente da Corte, Abelardo da Matta, apresentou um boletim parcial sobre a votação do segundo turno em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador. Segundo o TRE, não foram registradas denúncias formais de compras de votos na eleição municipal, apesar de rumores.
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