Bolsonaro passa por cirurgia; entenda o que é uma laparotomia exploradora

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi submetido a uma cirurgia de laparotomia exploradora na manhã deste domingo (13), no Hospital DF Star, em Brasília. O procedimento, iniciado por volta das 8h30, tem como objetivo liberar aderências intestinais e reconstruir a parede abdominal, segundo boletim médico divulgado pela unidade de saúde.

Bolsonaro havia sido internado na sexta-feira (11) em Natal (RN), com fortes dores abdominais causadas por uma obstrução parcial do intestino. Na noite de sábado (12), ele foi transferido para Brasília em uma aeronave equipada como UTI móvel, a pedido próprio e de sua família, para continuar o tratamento próximo de seus parentes.

Inicialmente, os médicos Leandro Cascudo e Antônio Luiz Macedo Birolini afirmaram que não havia piora em seu estado. No entanto, após novos exames, foi confirmada a persistência da subobstrução intestinal, levando à decisão conjunta pela intervenção cirúrgica.

Em vídeo publicado no sábado, Bolsonaro afirmou que este seria seu quadro mais grave desde o atentado de 2018 – quando foi esfaqueado durante campanha eleitoral em Juiz de Fora (MG). Esta é sua sétima cirurgia relacionada às complicações do caso.

O que é uma laparotomia exploradora?

A laparotomia exploradora é um procedimento cirúrgico no qual os médicos fazem uma incisão (corte) no abdômen para examinar diretamente os órgãos internos e identificar a causa de um problema de saúde. É uma cirurgia considerada invasiva, geralmente indicada quando exames de imagem (como tomografia ou ultrassom) não são suficientes para definir um diagnóstico ou quando há necessidade de intervenção imediata.

No caso do ex-presidente, a laparotomia foi realizada devido a um quadro de subobstrução intestinal – uma condição em que há dificuldade parcial na passagem de alimentos e líquidos pelo intestino, causando dor intensa, inchaço abdominal e risco de complicações graves.

Como Bolsonaro já passou por múltiplas cirurgias abdominais anteriores (em decorrência do atentado de 2018), seu intestino apresentava aderências – faixas de tecido cicatricial que se formam entre órgãos após cirurgias ou inflamações. Essas aderências podem "grudar" as alças intestinais, provocando obstruções.

Como é feita a cirurgia?

Incisão abdominal: O cirurgião abre o abdômen com um corte vertical ou horizontal, dependendo da área a ser examinada.

Exploração cirúrgica: Os médicos avaliam os órgãos (intestino, fígado, estômago, etc.) em busca de aderências, obstruções ou outras anormalidades.

Correção do problema: Se encontradas aderências, elas são liberadas cuidadosamente para desobstruir o intestino. Em alguns casos, parte do órgão pode precisar ser removida.

Reconstrução da parede abdominal: Como Bolsonaro já teve hérnias e cirurgias prévias, pode ser necessário reforçar a musculatura com telas cirúrgicas.

Fechamento: A incisão é suturada (costurada) e o paciente é encaminhado para recuperação.

Riscos e recuperação

Riscos: Como toda cirurgia de grande porte, há possibilidade de infecção, sangramento ou novas aderências no futuro.

Tempo de internação: Depende da complexidade, mas geralmente varia de 5 a 10 dias.

Pós-operatório: Requer repouso, dieta leve e acompanhamento para evitar complicações.

*Com informações do SBT News

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