Após protesto de Ciro, Félix Jr. muda voto na PEC dos Precatórios; confira como votaram deputados baianos
A mudança de Félix se deu após mudança de orientação do partido, que se deu após Ciro Gomes protestar e anunciar a suspensão da pré-candidatura à presidência da República. Alex Santana seguiu voto favorável do 1º turno.
Presidente do PDT na Bahia, o deputado federal Félix Mendonça Jr. foi o único parlamentar baiano a mudar o voto na votação da PEC dos Precatórios, aprovada na última terça-feira (9/11) em segundo turno na Câmara. Outro baiano filiado ao partido, Alex Santana seguiu voto a favor da proposta do Governo Bolsonaro.
A mudança de Félix se deu após mudança de orientação do partido, que se deu após Ciro Gomes protestar e anunciar a suspensão da pré-candidatura à Presidência da República. Contudo, cinco deputados, além de Santana, seguiram o mesmo voto do primeiro turno: Marlon Santos (RS), Flávio Nogueira (PI), Subtenente Gonzaga (MG) e Silvia Cristina (RO)
O texto-base foi aprovado por 323 votos a favor, 172 votos contrários e uma abstenção. Os parlamentares votaram e rejeitaram quatro destaques. O texto segue para análise do Senado, onde precisa ser também precisa ser aprovado em dois turnos, com, pelo menos dois terços de votos favoráveis.
O texto foi alvo de críticas do governador Rui Costa (PT). Ele classificou como “traíras” os parlamentares bolsonaristas que votaram a favor da PEC. Contudo, isso não soou bem entre os deputados da base. Cacá Leão (PP) e Otto Alencar Filho (PSD) criticaram o petista – Cacá chegou a dizer que o “coronelismo já acabou na Bahia”. Ambos votaram novamente pela aprovação da matéria.
No início da noite, o Plenário conclui a discussão dos destaques e aprovou a PEC em primeiro turno. Após um acordo que quebrou o insterstício (intervalo) de cinco sessões entre o primeiro e o segundo turno, os deputados discutiram o texto por pouco mais de uma hora e votaram o texto-base em apenas 18 minutos. O resultado da aprovação do segundo turno foi proclamado por volta das 23h45.
O placar desta terça-feira demonstrou uma ampliação da vantagem dos votos favoráveis em relação ao primeiro turno. Na semana passada, o texto-base foi aprovado por 312 votos a favor e 144 contra, com apenas quatro votos além dos 308 necessários para aprovar mudanças na Constituição.
A sessão estende-se por quase doze horas. Ao longo da tarde, os deputados votaram os destaques em primeiro turno. Apenas um destaque, de autoria do Partido Novo, foi rejeitado, retirando da PEC a possibilidade de que o governo encaminhe, junto com a proposta do Orçamento, uma autorização especial que autoriza o descumprimento da regra de ouro, espécie de limite para a dívida pública. Os demais destaques foram aprovados.
VEJA VOTOS DOS DEPUTADOS BAIANOS:
Abílio Santana (PL-BA) - Sim
Adolfo Viana (PSDB-BA) - Sim
Afonso Florence (PT-BA) - Não
Alex Santana (PDT-BA) - Sim
Alice Portugal (PCdoB-BA) - Não
Antonio Brito (PSD-BA) - Sim
Arthur O. Maia (DEM-BA) - Sim
Bacelar (Podemos-BA) - Não
Cacá Leão (PP-BA) - Sim
Charles Fernandes (PSD-BA) - Sim
Claudio Cajado (PP-BA) - Sim
Daniel Almeida (PCdoB-BA) - Não
Elmar Nascimento (DEM-BA) - Sim
Félix Mendonça Jr (PDT-BA) - Não
Igor Kannário (DEM-BA) - Sim
João C. Bacelar (PL-BA) - Sim
Jorge Solla (PT-BA) - Não
José Nunes (PSD-BA) - Sim
José Rocha (PL-BA) - Sim
Joseildo Ramos (PT-BA) - Não
Leur Lomanto Jr. (DEM-BA) - Sim
Lídice da Mata (PSB-BA) - Não
Marcelo Nilo (PSB-BA) - Não
Márcio Marinho (Republican-BA) - Sim
MárioNegromonte Jr (PP-BA) - Sim
Otto Alencar (PSD-BA) - Sim
Pastor Isidório (Avante-BA) - Não
Paulo Azi (DEM-BA) - Sim
Paulo Magalhães (PSD-BA) - Não
Professora Dayane (PSL-BA) -Não
Raimundo Costa (PL-BA) - Sim
Sérgio Brito (PSD-BA) - Sim
Tia Eron (Republican-BA) - Sim
Tito (Avante-BA) - Sim
Uldurico Junior (PROS-BA) - Sim
Valmir Assunção (PT-BA) - Não
Waldenor Pereira (PT-BA) - Não
Zé Neto (PT-BA) - Não
ENTENDA A PEC
A PEC define o valor de despesas anuais com precatórios, corrige seus valores exclusivamente pela taxa Selic e muda a forma de calcular o teto de gastos.
Pelo texto-base aprovado, os precatórios para o pagamento de dívidas da União relativas ao antigo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), atual Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), deverão ser pagos em três anos, sendo 40% no primeiro ano, 30% no segundo e 30% no terceiro ano.
A redação aprovada engloba o texto da comissão especial que discutiu a proposta, segundo o qual o limite das despesas com precatórios valerá até o fim do regime de teto de gastos (2036). Para o próximo ano, esse limite será definido com a aplicação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado ao valor pago em 2016 (R$ 19,6 bilhões).
A estimativa é que o teto seja de quase R$ 40 bilhões em 2022. Pelas regras atuais, dados do governo indicam um pagamento com precatórios de R$ 89 bilhões em 2022, frente aos R$ 54,7 bilhões de 2021.
Na prática, a PEC abre espaço fiscal no Orçamento da União para o pagamento do novo benefício assistencial criado pelo governo, o Auxílio Brasil, que terá o valor mensal de R$ 400.
Acompanhe todas as notícias sobre o novo coronavírus.
Acompanhe nossas transmissões ao vivo e conteúdos exclusivos no www.aratuon.com.br/aovivo. Nos mande uma mensagem pelo WhatsApp: (71) 99986-0003.