Além de empregar mãe, Ciro Nogueira também colocou pai e quatro irmãos em seu gabinete na Câmara dos Deputados, diz jornal
Nepotismo também não era considerado uma prática ilegal ao longo dos anos 1990 e início dos 2000.
Por Da Redação.
O senador Ciro Nogueira (PP-PI), escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para chefiar a Casa Civil, empregou mãe, pai e quatro irmãos em seu gabinete na Câmara dos Deputados, durante os anos de 1990 e 2000. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
A mãe de Ciro, Eliane Nogueira (PP-PI) que assumiu como primeiro suplente a vaga deixada por ele no Senado na semana passada, trabalhou também no gabinete do marido, nos anos 1990 e 2000. A atual senadora afirmou na ocasião que a prática de nepotismo não era crime em tempos passados e que não houve vantagens indevidas.
"Há 30 anos, trabalhar ao lado de familiares na administração pública não era ilegal e ocorria por questões de confiança. Seria imoral somente se houvesse vantagem indevida, o que não era o caso. Entretanto, a sociedade avança e as leis se modernizam”, afirmou Eliane por meio de nota.
Em seu primeiro mandato, em 1995, Ciro nomeou uma série de parentes para seu gabinete. Atuaram como secretários parlamentares neste período a sua mãe e quatro irmãos: Juliana e Silva Nogueira Lima, Raimundo Neto e Silva Nogueira Lima, Alessandra Nogueira Lima Castelo Branco e Gustavo e Silva Nogueira Lima.
Análise nos boletins de administração da Câmara mostram intensa movimentação, com exonerações e novas nomeações dos familiares de Ciro. A suspeita é que a situação acontecia com o único objetivo forçar o pagamento da rescisão contratual dos assessores, com 13º salário proporcional e indenização por férias, não raro acumuladas acima do período permitido em lei.
É valido lembrar que, segundo a Lei das Inelegibilidades, a indicação de parentes à suplência das chapas que concorrem ao Senado não é ilegal, mas já há iniciativas no Congresso para impedir a prática. Além disso, nepotismo também não era considerado uma prática ilegal ao longo dos anos 1990 e início dos 2000.
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