Em depoimento à Polícia Federa (PF) na manhã desta quarta-feira (2/9), a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, confirmou ter sofrido importunação sexual praticada pelo ex-ministro dos Direitos Humanos e Cidadania Sílvio Almeida.
A ministra chegou à sede da PF, em Brasília, por volta das 10h30, e permaneceu no local por cerca de uma hora. Anielle não falou com a imprensa ao sair.
No termo de declaração registrado pela PF, a ministra relatou que os casos de assédio e importunação relatados por ela teria começado antes mesmo da posse de Lula, em 2022, durante a transição entre os governos.
Anielle Franco e Sílvio Almeida foram vizinhos de Esplanada dos Ministérios até 6 de setembro, quando o ex-titular dos Direitos Humanos foi demitido, após casos similares serem tornados públicos.
A apuração da PF foi aberta a pedido do governo e com autorização do ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), em 17 de setembro. A apuração será acompanhada pela Corte, já que Almeida era ministro durante os supostos crimes.
O ex-ministro dos Direitos Humanos foi alvo de acusações na ONG Me Too Brasil, no início do mês passado e revelada pelo portal Metrópoles. A entidade apontou mais de uma denúncia de assédio e importunação contra Almeida. Anielle foi uma das vítimas.
DEFESA DO EX-MINISTRO
Em nota, a assessoria de Sílvio Almeida disse repudiar “com absoluta veemência” as acusações, às quais ele se referiu como “mentiras” e “ilações absurdas” com o objetivo de prejudicá-lo. No comunicado, o ministro avaliou que “toda e qualquer denúncia deve ter materialidade” e se declarou triste com toda a situação.
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