'Não tenho que prestar contas a nenhum ricaço', diz Lula, em Salvador
Presidente tem criticado atuação do Banco Central e ao mercado financeiro
Reprodução/YouTubeO presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar o mercado financeiro na noite dessa segunda (1/7), em Salvador. "Não tenho que prestar contas a nenhum ricaço deste país. Não tenho que prestar contas a nenhum banqueiro deste país. Tenho que prestar contas é ao povo pobre, trabalhador deste país", disse.
"[O povo] precisa que a gente tenha cuidado, que a gente cuide deles. É por isso que a gente está investindo muito", continuou o presidente, em discurso durante anúncio de investimento de R$ 3,9 bilhões do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na Bahia.
Lula tem feito críticas constantes à política monetária do Banco Central (BC) e ao presidente da autarquia, Roberto Campos Neto. O nome indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fica no cargo até 31 de dezembro.
Também na segunda, em entrevista à rádio Princesa FM, em Feira de Santana, o petista reclamou que está "há dois anos com o presidente do Banco Central do Bolsonaro". Lula disse que, no momento de indicar o próximo presidente do BC, deve apontar um nome "que olhe o país do jeito que ele é e não do jeito que o sistema financeiro fala".
A cotação do dólar subiu e fechou nessa segunda (1/7) a R$ 5,65, maior valor desde janeiro de 2022.
CONQUISTAS SOCIAIS
Mais tarde, na agenda dessa segunda à noite, o presidente declarou que o Brasil "entrou num processo de retrocesso de conquistas sociais" nos governos passados, sem citar os ex-presidentes Bolsonaro e Michel Temer (MDB). "[Retrocesso] de coisas que tínhamos feito de 2003 até a cassação da companheira Dilma Rousseff [ex-presidente]", explicou.
Em outro recado ao sistema financeiro, reclamou que "o mercado, o tal do mercado nos critica todo dia, dizendo que Lula tá gastando dinheiro, 'pra que gastar com Pé-de-Meia [programa do governo a estudantes], pagar dinheiro pra menino estudar". "Prefiro pagar para estudar do que gastar dinheiro para colocar na cadeia quando ele não aprender uma profissão", defendeu.
Por fim, Lula, como tinha feito mais cedo, voltou a valorizar recentes números da economia, que, segundo ele, "está melhorando". "Salário está subindo, acordos estão sendo feitos acima da inflação, taxa de inflação controlada. Agora, só falta a gente fazer as coisas acontecerem mais ainda. Nós já criamos 2,2 milhões de empregos formais em apenas um ano e seis meses", disse.
"Um ano e seis meses recuperando a desgraça que os negacionistas fizeram neste país", continuou o petista, em nova crítica ao governo Bolsonaro.
LEIA MAIS: Lula inaugura duplicação na BR-116 e anuncia investimentos na Bahia
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"[O povo] precisa que a gente tenha cuidado, que a gente cuide deles. É por isso que a gente está investindo muito", continuou o presidente, em discurso durante anúncio de investimento de R$ 3,9 bilhões do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na Bahia.
Lula tem feito críticas constantes à política monetária do Banco Central (BC) e ao presidente da autarquia, Roberto Campos Neto. O nome indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fica no cargo até 31 de dezembro.
Também na segunda, em entrevista à rádio Princesa FM, em Feira de Santana, o petista reclamou que está "há dois anos com o presidente do Banco Central do Bolsonaro". Lula disse que, no momento de indicar o próximo presidente do BC, deve apontar um nome "que olhe o país do jeito que ele é e não do jeito que o sistema financeiro fala".
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Mais tarde, na agenda dessa segunda à noite, o presidente declarou que o Brasil "entrou num processo de retrocesso de conquistas sociais" nos governos passados, sem citar os ex-presidentes Bolsonaro e Michel Temer (MDB). "[Retrocesso] de coisas que tínhamos feito de 2003 até a cassação da companheira Dilma Rousseff [ex-presidente]", explicou.
Em outro recado ao sistema financeiro, reclamou que "o mercado, o tal do mercado nos critica todo dia, dizendo que Lula tá gastando dinheiro, 'pra que gastar com Pé-de-Meia [programa do governo a estudantes], pagar dinheiro pra menino estudar". "Prefiro pagar para estudar do que gastar dinheiro para colocar na cadeia quando ele não aprender uma profissão", defendeu.
Por fim, Lula, como tinha feito mais cedo, voltou a valorizar recentes números da economia, que, segundo ele, "está melhorando". "Salário está subindo, acordos estão sendo feitos acima da inflação, taxa de inflação controlada. Agora, só falta a gente fazer as coisas acontecerem mais ainda. Nós já criamos 2,2 milhões de empregos formais em apenas um ano e seis meses", disse.
"Um ano e seis meses recuperando a desgraça que os negacionistas fizeram neste país", continuou o petista, em nova crítica ao governo Bolsonaro.
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