John Lima: quem é o seresteiro baiano que toca de Tim Maia a Roberto e se revoltou por achar que estava sendo traído por três homens?
O artista foi preso após manter a ex-esposa, identificada apenas pelo prenome de Flávia, em cárcere privado no bairro de Sussuarana, em Salvador.
"[...] Em paz com a vida; e o que ela me traz; na fé que me faz otimista demais; se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi [...]". Quando interpretou o trecho da música Emoções, de Roberto Carlos, o baiano John Lima parecia prever, em 2019, mas não imaginava que estaria diante de tantos policiais em setembro de 2021.
As emoções, nesse caso, lhe custaram a liberdade: o artista foi preso após manter a ex-esposa, identificada apenas pelo prenome de Flávia, em cárcere privado no bairro de Sussuarana, em Salvador.
Mas, afinal, quem é o homem que entrou na residência e, achando que estava sendo traído, impediu que a mulher saísse do imóvel? Durante sua prisão, vizinhos chegaram a mencionar que ele era persona non grata na localidade. Um amigo, porém, diz o inverso. Com o contraditório, parte-se para a carreira: separado da esposa, mas ainda mantendo contato, John estava em São Paulo, tentando levantar dinheiro. Quando voltou, aconteceu a revolta.
O motivo da confusão seria uma suposta traição praticada pela vítima, mãe dos dois filhos do artista. "Essa mulher pegou meu dinheiro [R$ 8 mil] e estava transando com três homens. Ela confessou porque comecei a perguntar. Eu estava em São Paulo com a promessa de mudar a minha vida e a dela. Ela estava só me pedindo dinheiro, dinheiro", disse ao repórter da TV Aratu, Fábio Gomes, ainda dentro do imóvel, na manhã de segunda-feira (20/9).
John interpreta, em tom de seresta, grandes canções da música brasileira. Em uma das suas contas no Instagram, aparece cantando letras eternizadas na voz de Tim Maia, além do próprio Roberto Carlos. Em alguns vídeos, ainda convida seus fãs para o acompanharem em shows na capital baiana, antes mesmo de a pandemia começar.
John foi encaminhado para a Central de Flagrantes, onde ficou preso aguardando decisão do Tribunal de Justiça da Bahia. Para justificar o ato, disse: "a mãe dela [vítima] pode providenciar [o dinheiro]. Dei para ela o que eu tinha e essa pilantra me enganou. 1h da manhã eu disse para ela que ia sumir da vida dela, ela me cortou e se cortou, porque queria me incriminar".
CASO
O Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) iniciou, às 9h15, as negociações para a rendição. A ocorrência foi iniciada às 8h, com a chegada de guarnições da 48ª Companhia Independente (CIPM/Sussuarana).
A PM foi acionada, inicialmente, pela mãe da vítima, relatando sobre a agressão que a filha sofria do ex-companheiro. A vítima esteve sob a ameaça de uma faca no controle do agressor. Com muita movimentação de viaturas da PM, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e de populares, o cantor se entregou e foi levado à delegacia.
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