Traficantes armados com fuzil 556 levam corpo decapitado em carro e desafiam "viatura"; "aqui é o bonde"
Traficantes armados com fuzil 556 levam corpo decapitado em carro e desafiam "viatura"; "aqui é o bonde"
Moradores do bairro de Pernambués, em Salvador, estão apreensivos por conta das ações de traficantes da região conhecida como "Baixa do Manu". A prova do poderio dos criminosos foi dada em um vídeo gravado por eles mesmos e divulgado nas redes sociais.
As imagens mostram um grupo dentro de um carro, modelo Etios, usando um fuzil de grosso calibre, o 556. O vídeo foi gravado na noite de segunda-feira (2/3) na Rua Thomaz Gonzaga, a principal de Pernambués. "E se vier uma viatura?", questiona o cinegrafista amador ao motorista. "P*** nenhuma, aqui é o bonde, a gente para a via", responde ao mandar o comparsa abrir a janela.
Testemunhas que preferem o anonimato dizem que o grupo estava levando um corpo dentro do automóvel, que foi deixado com requintes de crueldade na BA-528 (Estrada do Derba). O Boletim Diário da Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirma a localização de um corpo masculino na região durante a noite de segunda-feira, depois da entrada do Hospital do Subúrbio.
TENTATIVA DE CHACINA
Ainda de acordo com os moradores da área, esse mesmo grupo é o responsável por uma tentativa de chacina que deixou três mortos e três feridos na madrugada do dia 23 de fevereiro. Familiares de uma das vítimas fatais, Elaine da Silva Araújo, de 33 anos, relatam que ela retornava para o seu depósito de bebidas acompanhada do marido, Luiz Ricardo Pereira, após trabalhar como vendedora ambulante.
O cunhado dela, Mateus Santos de Andrade, 25, tomava conta do estabelecimento, enquanto amigos da família, Alisson da Silva, de 41, e Aldileide de Jesus Brito, de 31 anos, consumiam bebidas. Os bandidos passaram pelo local já atirando. Luis Ricardo foi o único que conseguiu desviar dos disparos, enquanto Elaine, Aldileide, Mateus, Ailson e outros dois pedestres foram baleados.
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O caso está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Oficialmente, a Polícia Civil não deu detalhes sobre as apurações.
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