Morre, aos 85 anos, Carlos Libório, referência no jornalismo baiano
Morreu, nesta sexta-feira (19), em Salvador, o jornalista Carlos Elysio de Souza Libório, aos 85 anos
Por Da redação.
Morreu, nesta sexta-feira (19), em Salvador, o jornalista Carlos Elysio de Souza Libório, aos 85 anos. Ele estava internado há uma semana na Clínica Florence. A causa da morte não foi divulgada.
Carlos Libório deixa a esposa, Nely Libório, conhecida como dona Lili, e os filhos Leonardo e Mariana. Até o momento, não há informações sobre velório e sepultamento.
Natural de Ilhéus, no sul da Bahia, Libório nasceu em 8 de fevereiro de 1940 e se mudou para Salvador ainda na infância, aos 11 anos. A afinidade com o esporte marcou o início da trajetória na comunicação.

Conhecido como “Professor Libório” entre colegas e alunos, ele foi o primeiro diretor de Jornalismo da TV Bahia, função que exerceu por 23 anos. A carreira começou no jornalismo esportivo. Libório teve papel relevante na história do futebol baiano ao criar a sigla “Ba-Vi”, que passou a identificar o clássico entre Bahia e Vitória. O termo surgiu durante o fechamento de uma edição do extinto Jornal da Bahia, quando era necessário um título curto para a manchete esportiva, inspirado em expressões como Fla-Flu e Gre-Nal.
“Alguns cronistas achavam que devia ser ‘Vi-Ba’, porque o Vitória é mais antigo, mas ‘Ba-Vi’ é mais sonoro, mais curto, mais direto”, contou Libório em entrevista à Associação Bahiana de Imprensa (ABI), em 2022.
Formado em Direito, construiu uma carreira no jornalismo impresso, no rádio e na televisão. Integrou a primeira equipe da revista Placar, nos anos 1970, trabalhou na Veja, na Rádio Cruzeiro e no Jornal da Bahia. Na TV Itapoan, atuou como editor e redator do Repórter Esso, um dos programas mais tradicionais do país.

Nos anos 1980, ocupou a Secretaria de Comunicação do Estado da Bahia entre 1981 e 1983. Em 1985, aceitou o convite para assumir a recém-criada Diretoria de Jornalismo da TV Bahia.
Paralelamente à atuação profissional, Libório dedicou-se ao ensino. Foi professor da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e participou da implantação de programas de estágio na TV Bahia, contribuindo para a formação de novos profissionais.
Ao longo da carreira, recebeu diversas homenagens. Em 1996, foi agraciado com o título de Cidadão Soteropolitano, em sessão solene na Câmara Municipal de Salvador. Em 2002, recebeu a Medalha do Mérito Eleitoral da Bahia, concedida por unanimidade pelo Tribunal Regional Eleitoral. Aos 80 anos, foi homenageado pela Assembleia Legislativa da Bahia pelo legado no jornalismo televisivo e na formação profissional.
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