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Ramírez nega injúria contra Gerson, que vai à delegacia; "não falo português"

Ramírez nega injúria contra Gerson, que vai à delegacia; "não falo português"

Por Da Redação

Ramírez nega injúria contra Gerson, que vai à delegacia; "não falo português" Alexandre Vidal/divulgação/Flamengo

O meia Ramírez, do Bahia, deu um depoimento nas redes sociais do clube se defendendo das acusações de racismo feitas pelo jogador Gerson, do Flamengo, no jogo do último domingo (20/12), no Maracanã. 



“Em nenhum [momento] fui racista com nenhum dos jogadores, nem com Gerson, nem com qualquer outra pessoa. Acontece que, quando fizemos o segundo gol, botamos a bola no meio do campo para sair rapidamente e o Bruno Henrique finge e eu arranco a correr. Eu digo a Bruno que 'jogue rápido, por favor. Vamos irmão, jogar sério'. Aí ele joga a bola para trás e Gerson, não sei o que me fala, mas eu não compreendo muito o português. Não compreendi o que me disse e falei 'joga rápido, irmão'. Aí passo por ele e sigo a bola. Não sei o que ele entendeu, o que ouviu", desabafou. 


"Ele jogou a bola e passou a me perseguir sem eu entender o que passava. Dei a volta por trás porque não queria entrar em briga com ninguém e depois ele sai falando que o tratei com 'cale a boca, negro' falando português quando eu, realmente, não falo português. Estou apenas alguns meses no Brasil e sobre isso de ser racista não estou de acordo, porque isso não é bem visto em nenhuma parte do mundo e sabemos que todos somos iguais e em nenhum momento falei isso e menos ainda usei essa palavra”, declarou o jogador. 


Também nas redes sociais, Gerson se pronunciou sobre o caso ao lado do vice-presidente do Flamengo, Rodrigo Dunshee, após depoimento na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (DECRADI), na manhã desta terça-feira (22/12).


“Quero deixar bem claro que não vim aqui para falar só por mim. Vim para falar pela minha filha, que é negra, pelos meus sobrinhos, meu pai, minha mãe, amigos e por todos os negros que têm no mundo. Hoje, graças a Deus, eu tenho o status de jogador de futebol, onde eu tenho voz ativa para poder falar e dar força para que outras pessoas que sofrem racismo ou outro tipo de preconceito possa falar também”, pontuou Gerson.


O caso está sendo investigado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro e, também, pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva. O árbitro da partida, Flávio Rodrigues de Souza, escreveu na súmula que não viu o suposto caso de injúria


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