Quanto maior o salário, maior a chance de conhecer alguém com coronavírus, diz pesquisa; entenda

Uma pesquisa feita com os brasileiros pelo telefone mostra que quanto maior o salário da pessoa, maior é a chance dela conhecer alguém que foi infectada pelo novo cronavírus. O levantamento foi feito pelo Instituto FSB Pesquisa para o BuzzFeed News e divulgado nesta terça-feira (24/3).

Os dados mostram que 4% da população brasileira conhece alguém que teve ou tem o coronavírus. O curioso é que, separando por salários, somente 2% das pessoas que ganham até um salário mínimo respondeu que sim. De um até dois salários mínimos, e no grupo que vai de dois até cinco mínimos, o conhecimento está em 3%. Porém, o íncide para quem ganha cinco salários mínimos ou mais é maior, chegando a 11%.

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Os entrevistados também responderam se estão, pessoalmente, com medo do coronavírus. Um quarto deles, 25%, disse ter medo muito grande da pandemia; 23% medo grande; 27% classificaram o medo como médio e 23% estão no grupo de medo pequeno, muito pequeno ou nenhum medo.

MEDIDAS

O estudo também mediu a aceitação das pessoas em relação às medidas feitas pelos governos federais, estaduais e municipais. O resultado foi que 96% aprovam a quarentena para pessoas que apresentem sintomas da doença, 92% são favoráveis à proibição de shows, peças de teatro e cinemas, e 91% apoiam a proibição de eventos esportivos, incluindo o futebol, bem como o fechamento de escolas e universidades.

Outros 90% apoiam o fechamento de academias, 89% aprovam a interdição de praias, 86% são favoráveis ao trabalho à distância em sistema de home office e 81% concordam com o fechamento de bares e restaurantes.

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A pesquisa revelou ainda que 95% dos entrevistados passaram a lavar as mãos com maior frequência, 89% está evitando lugares com muitas pessoas, 88% pararam de cumprimentar os outros com apertos de mão ou beijos, e o mesmo percentual está deixando de ir a bares ou restaurantes. Além disso, 75% estão utilizando o álcool gel, 17% estocam alimentos em casa e 8% utilizam máscaras quando estão nas ruas.

FAKE NEWS

O levamento mostrou também que 80% dos entrevistados acreditam que alguém contaminado desenvolverá necessariamente sintomas como tosse e febre, o que não é verdade. A grande maioria das pessoas que pegarem a doença serão assintomáticos ou com sintomas leves.

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Além disso, 58% acreditam que se alguma pessoa com a doença usar máscara ela não passará o vírus para outras pessoas – o que também é incorreto, já que a pessoa contaminada pode estar com o vírus em outras partes de seu corpo, como nas mãos, ou até mesmo em suas roupas, o que permite a contaminação. A pesquisa FSB foi feita com 2.000 pessoas entre os dias 18 e 19 de março e tem uma margem de erro de dois pontos.

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