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Pesquisa revela que má-nutrição causa deficiência responsável por brasileiras de 19 anos terem altura de holandesas de 13 

Pesquisa revela que má-nutrição causa deficiência responsável por brasileiras de 19 anos terem altura de holandesas de 13 

Por Da Redação

Pesquisa revela que má-nutrição causa deficiência responsável por brasileiras de 19 anos terem altura de holandesas de 13 ilustrativa/Pixabay

Uma análise global divulgada pela revista científica britânica The Lancet revelou que a má-nutrição, falta de condições de saúde e de alimentos de provocam o crescimento atrofiado em crianças brasileiras. A diferença de estatura é de mais de 20 cm entre algumas nações. O estudo foi financiado pelo Wellcome Trust, pelo Programa de Saúde Jovem do laboratório AstraZeneca e pela União Europeia. A informação é Folha de S.Paulo.


A diferença de altura representa uma lacuna de crescimento de oito anos para as meninas e uma lacuna de seis anos para os meninos. O estudo comparou a altura média de 35 milhões de crianças e adolescentes em idade escolar em 193 países do mundo conforme dados coletados entre 1985 e 2019 e concluiu que, aos 19 anos, as brasileiras atingem estaturas equivalentes a holandesas de 13 anos. 


Durante os anos de coletagem de dados, garotos brasileiros de 19 anos passaram de 1,71 metro para 1,76 metro em média, subindo no ranking da 88ª colocação para a 64º. As garotas, no mesmo período, deram um salto maior no ranking, do 117º lugar para o 70º, com estatura média de 1,62 metro em 2019, contra 1,58 metro em 1985.


Os autores alegam que parte importante dessa diferença reflete uma desigualdade na nutrição infantil e nas condições de saúde. Segundo eles, a falta destes nutrientes pode provocar também o aumento da obesidade infantil, aumenta o risco de morbidade e mortalidade, prejuízo no desenvolvimento cognitivo, redução do desempenho educacional, impactando a produtividade no trabalho na vida adulta.


Durante a pesquisa, cientistas notaram que crianças de cinco anos tinham altura e peso saudáveis, pelos parâmetros da Organização Mundial da Saúde, mas a partir dessa idade ganhavam muito peso e cresciam pouco, em comparação com o potencial de crescimento saudável.


“Isso mostra que há um desequilíbrio entre o investimento na melhoria da nutrição em períodos pré-escolares e em crianças e adolescentes em idade escolar”, afirmou Majid Ezzati, professor da Escola de Saúde Pública do Imperial College e autor sênior do estudo.


Além da nutrição, outros fatores podem explicar as diferenças de estatura e IMC entre crianças e jovens no mundo é um componente genético importante para estatura entre uma mesma população. “No entanto, a genética explica uma pequena parte da variação entre os países ou as mudanças ao longo do tempo, especialmente para o IMC”, afirmam os autores.


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