Pazuello diz que vacina pode chegar em dezembro, mas cita condições: "se tivermos as doses, se fecharmos o contrato"
Pazuello diz que vacina pode chegar em dezembro, mas cita condições: "se tivermos as doses, se fecharmos o contrato"
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse nesta quarta-feira (9/12) que a vacinação emergencial contra a Covid-19 pode começar ainda em dezembro no país, utilizando a substância da Pfizer/Biontech. Para isso acontecer, porém, ele citou diversas condições que inviabilizariam ou atrasariam o possível início do processo de imunização.
"O uso emergencial pode acontecer agora em dezembro, por exemplo, em hipótese, se nós tivermos as doses recebidas, se nós fecharmos o contrato com a Pfizer", disse o ministro, em entrevista a CNN. "Se a Pfizer conseguir autorização emergencial, e se a Pfizer nos adiantar alguma entrega, isso pode acontecer em janeiro, final de dezembro. Isso em quantidades pequenas, que são de uso emergencial", completou.
Até o momento, segundo o UOL, nenhuma vacina fez pedido de uso emergencial para a Anvisa. Foi essa autorização que permitiu, por exemplo, a vacinação no Reino Unido e a empresa já repetiu o processo em países como Estados Unidos e Argentina.
Além disso, representantes do governo brasileiro tiveram reuniões com membros da Pfizer, mas as negociações ainda não foram concluídas. Outro ponto que inviabilizaria a vacinação é o fato de que a Pfizer vê como improvável a chance de disponibilizar doses ao Brasil antes de janeiro. Soma-se a isso, ainda, o fato de que essa vacina da empresa deve ser mantida a -70ºC, precisando de freezers com alta capacidade de resfriamento. Ontem, o secretário de Saúde de Salvador, Léo Prates, disse que a cidade já tem capacidade para armazenar 160 mil doses.
OUTRA OPÇÃO
Apesar de Pazuello falar especificamente sobre a vacina da Pfizer, a grande aposta do governo brasileiro parece ser a vacina de Oxford. O Brasil já fechou um acordo de quase R$ 2 bilhões, que prevê a disponibilização de mais de 100 milhões de doses do imunizante desenvolvido pelo laboratório AstraZeneca. No país, a produção da vacina ficará a cargo da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), uma instituição federal.
Há, ainda, a possibilidade de usar a CoronaVac, vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, que é ligado ao governo paulista. O imunizante tem sido motivo de discussões entre o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que anunciou um plano estadual de vacinação para janeiro, e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
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