Paulo Guedes diz que auxílio emergencial será estendido em caso de segunda onda da Covid; "é certeza"
Paulo Guedes diz que auxílio emergencial será estendido em caso de segunda onda da Covid; "é certeza"
O ministro da Economia, Paulo Guedes, prometeu nesta quinta-feira (12/11) que, se houver uma segunda onda de contaminações pelo novo coronavírus no Brasil, o governo voltará a conceder o auxílio emergencial aos brasileiros em situação de vulnerabilidade econômica.
“Não é uma possibilidade, é uma certeza [o pagamento do auxílio]”, disse, no evento do Dia Nacional do Supermercado, organizado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
Por outro lado, o economista enfatizou que considera a probabilidade de nova onda de contaminações “baixa” e que o plano do governo é retirar o auxílio aos poucos até o final do ano. “Estamos retirando os estímulos, de R$ 600 baixa pra R$ 300 e depois aterriza ali na frente numa versão Renda Brasil ou na própria Bolsa Família. Temos as duas possibilidades, é uma escolha política”, revelou.
INFLAÇÃO
"Me surpreendeu a velocidade com que a economia está voltando, bem acima da minha visão que era considerada otimista”, disse. Segundo ele, os sinais da rápida recuperação da economia brasileira estão na arredação de impostos neste mês que “está extraordinária” e há dados de aumento do consumo de energia elétrica, de óleo diesel, além de as novas fiscais eletrônicas estarem “subindo em alta velocidade” e aumento do emprego.
Sobre a inflação, Guedes afirmou que muita gente fica com “raiva dos supermercados” quando vê os preços dos alimentos mais caros, mas os estabelecimentos são apenas “uma plataforma de distribuição”. “Se esse produto já chega caro porque subiu o câmbio ou a demanda foi forte e os preços subiram, temos que deixar a engrenagem do mercado funcionar”, enfatizou.
Para o ministro, com os preços altos, o setor agrícola brasileiro vai aumentar a produção e em “dois, três, quatro meses a frente os preços começam novamente a se estabilizar”. Guedes acrescentou que o governo pode reduzir tarifas de importação quando houver “abusos” nas altas dos preços para estimular a competição e assim segurar a inflação, mas não informou se o fará.
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