"Muita gente diz que estão mortas", diz pai de irmãs sequestradas com amigas após festa em barco na Bahia

A vida de Siomar Barbosa virou de cabeça pra baixo depois do último dia 27 de julho. Suas filhas, Maria Eduarda Oliveira da Rocha Mello, de 15 anos, e Cibele Rocha Mello, de 17, foram retiradas da casa onde estavam com as amigas Kethelin Ferreira Fortunato, de 17 e Jheniffer Amorim Santos, 18. 

Até a tarde desta quarta-feira (5/8), as quatro não tinham sido mais vistas. O pai conta que sabe poucos detalhes do sumiço, que está sendo investigado pela Polícia Civil de Eunápolis, a 525 km de Salvador, onde tudo ocorreu. "Tem um monte de gente me mandando mensagem, mandando foto, dizendo que elas já estão mortas, mas a gente não sabe de nada. A gente não tem notícias delas, nem de corpo, nem nada", desabafa ao Aratu On.

A principal linha de investigação aponta que um passeio de barco que as meninas fizeram no dia anterior ao desaparecimento, com supostos traficantes em Trancoso, Porto Seguro, tenha desagradado uma facção contrária. Siomar lembra que o passseio foi ideia de Cibele. "Eu nem sabia que a mais nova ia, só soube depois. Foi a mais velha, que tinha 17, que combinou de sair com as amigas, mas não sabíamos nada de facção ou de barco", relata.

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A reportagem do Aratu On tentou entrar em contato com a delegado responsável pelo caso, Bernardo Marques, mas a assessoria de imprensa da Polícia Civil mantém a postura de dizer que ele "prefere não divulgar mais informações nesse ponto da apuração". Enquanto isso, a família sofre. "Estamos aqui aflitos, esperando. Toda hora que o telefone toca eu atendo achando que é alguma coisa sobre elas, mas até agora nada", diz Siomar.

*Sob supervisão do editor, Jean Mendes 

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