Motoristas fazem ato e carreata em protesto à chacina contra condutores por app em Salvador
Motoristas fazem ato e carreata em protesto à chacina contra condutores por app em Salvador
Motoristas de aplicativo fazem um ato e carreata, na manhã desta segunda-feira (16/12), em protesto à chacina que vitimou quatro colegas na última sexta-feira (13/12). O profissionais se queixam, também, a outros casos recentes de violência contra a categoria.
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Num primeiro momento, os trabalhadores se concentraram em frente à Assembleia Legislativa do estado (Alba). Em seguida, em carreata, foram ao encontro com o subsecretário da Segurança Pública da Bahia, Ary Pereira, que os aguardava na sede da pasta. A estimativa é de que 5 mil motoristas participam do ato. Participaram da reunião o comandante-geral da PM, coronel Anselmo Brandão, e o delegado-chefe da Polícia Civil, Bernardino Brito.
Além de pedir por mais segurança pública, entre outras reivindicações da classe é o fim da taxa de cancelamento.Segundo, o presidente do Sindicato dos Motoristas por Aplicativos e Condutores de Cooperativas do Estado da Bahia (Simactter), Átila Santana, tal situação evitaria "com que o motorista fosse obrigado a atender ocorrências em área de risco sob penalidade de punição pelas empresas".
CASO
Foram mortos na chacina Alisson Silva Nascimento Santos, de 27 anos; Sávio da Silva, de 23; Daniel Santos Silva, 31; e Genivaldo da Silva Filho. Uma quinta vítima, Nivaldo Santos Vieira, conseguiu escapar dos criminosos e chamar a PM, por volta das 6h. Em áudios divulgados nas redes sociais, ele detalhou os momentos de terror que passou com os criminosos em um barraco de madeira da comunidade.
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"Disseram que matariam com requinte de crueldade, que iam derramar sangue. Cortaram o cara todo com facão e depois deram tiro. Foi feio. Muito feio", lembrou. "Queria muito viver para contar essa história. Tenho muita fé em Deus. Fui ao IML [Instituto Médico Legal] e encontrei as famílias dos caras... é doloroso demais, não sei o que falar, não...", narrou Nivaldo.
Suspeita-se que os homens tenham sido atraídos por duas travestis que solicitaram corridas. Durante a viagem, os trabalhadores teriam sido abordados e levados para um barraco. O imóvel é pequeno. Pela manhã, várias gotas de sangue foram encontradas no local, o que reforça a tese que todos tenham sido torturados, executados e colocados em sacos.
O possível mandante da ação, Jerfeson Palmeira Soares Santos, conhecido como "Jel", foi executado no sábado (14/12). O corpo dele foi encontrado um dia depois, com o bilhete: "matador de Uber".
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