Mortes causadas pelo coronavírus ultrapassa 400 casos na China
Mortes causadas pelo coronavírus ultrapassa 400 casos na China
A Comissão Nacional de Saúde da China divulgou nesta terça-feira (4/2) que surgiram novos 3.235 casos de infectados pelo novo coronavírus, elevando o número total de pacientes para 20.438.
O número de mortos já atingiu a marca de 425 após 64 pessoas morreram na província de Hubei, local que mais sofre com a epidemia. A unidade hospitalar que foi construída em Hubei foi inaugurada na segunda (3/2) com capacidade para 1.000 leitos. Também na segunda, o número de pacientes na província haviam aumentado e, mais de 2 mil. Com isso, o sistema médico da China está sobrecarregado com a expansão da epidemia.
Fora da China, as infecções atingiram 26 países e territórios e 1895 suspeitas foram confirmadas. Até o momento são 20 casos confirmados no Japão; 19 na Tailândia; 18 em Cingapura; 15 na Coreia do Sul; 15 em Hong Kong; 12 na Austrália e 11 nos Estados Unidos. Taiwan e Alemanha têm 10 casos cada; Macau, 9; Malásia e Vietnã, 8 cada; França, 6; Emirados Árabes Unidos, 5, e Índia, 3. O Canadá, a Itália, o Reino Unido, a Rússia e as Filipinas têm dois casos cada, ao passo que o Nepal, Camboja, Sri Lanka, a Finlândia, Suécia e Espanha têm um caso cada.
O governo de Hong Kong registrou a primeira morte decorrente do coronavírus. a vítima era um homem de 39 anos que morreu nesta terça. Com isso, o número de mortos fora da China passa para 2, o primeiro caso passa para Filipinas.
Pesquisadores descobriram que o novo tipo de coronavírus contagia seres humanos por meio de um receptor celular idêntico ao do coronavírus que causou a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) no país há 17 anos.
Na Academia Chinesa de Ciências, cientistas infectaram morcegos e outros animais com o novo tipo de coronavírus, obtidos de sete pacientes na cidade de Wuhan, província de Hubei. A descoberta foi anunciada nesta segunda-feira (3) no periódico científico britânico Nature. A equipe descobriu ainda que os receptores para o novo coronavírus na superfície de células humanas são os mesmo utilizados pelo coronavírus causador da SARS (sigla em inglês).
Segundo os pesquisadores, a descoberta sugere que drogas e vacinas criadas para a SARS poderiam ser utilizadas para tratar pacientes de coronavírus e para controlar o surto. De acordo com a equipe, a sequência do genoma do novo tipo de coronavírus é 96% idêntica a um coronavírus encontrado anteriormente em morcegos, e 79,5% idêntica ao genoma do vírus da SARS. Eles disseram que vão continuar tentando entender o ciclo do contágio para descobrir se a força de infecção do vírus muda quando ele é transmitido entre seres humanos.
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