Morte do garoto Miguel pode não ter sido acidental, diz revista; nova perícia é feita
Morte do garoto Miguel pode não ter sido acidental, diz revista; nova perícia é feita
A morte do garoto Miguel, de cinco anos, que caiu do nono andar de um prédio no Recife, pode não ter sido um acidente. A polícia está investigando como o menino teria chegado ao local de onde caiu, que tem grades e muros de proteção, depois de subir pelo elevador sozinho.
Miguel tinha aproximadamente 1,15 metro de altura, mas a mureta que separa o corredor comum à àrea de onde ele despencou tem 1,20 metro, segundo informações divulgadas pela revista Época nessa sexta-feira (12/6).
O garoto teria que subir por essa mureta, passar pela janela, caminhar sobre os equipamentos de ar refrigerado e escalar mais uma grade de 1,30 metro feita de hastes de alumínio, o que a polícia tem considerado "muito difícil" para uma criança de cinco.
Ainda segundo a reportagem, o delegado Ramon Teixeira determinou que os peritos do Instituto de Criminalística voltassem ao prédio. Além disso, o local é de acesso restrito aos funcionários dos edifícios conhecidos como “Torre Gêmeas”.
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Até o momento, a polícia disse que não provas de que uma pessoa teha ajudado o garoto a chegar ao local. Moradores do nono andar e os funcionários do prédio, responsáveis pelas chaves da área de acesso restrito, ainda serão ouvidos.
“A princípio, ele tentou escalar e caiu lá de cima de forma acidental. Mas as investigações não estão conclusas. Falta comprovar se é possível ele ter caído sozinho”, disse o perito criminal André Amaral à revista.
A mãe de Miguel também não acredita que o menino tinha pulado. “Agora, mais calma, olhei atentamente as imagens feitas pela câmera do elevador. O meu filho desce no nono andar, abre aquela porta de incêndio e passa por ela como se tivesse encontrado alguém do outro lado. Quem poderia estar ali? Só a polícia poderá descobrir”, disse Mirtes Renata.
Alguns moradores do prédio postaram foto do acesso ao local do acidente, com crianças de cinco anos ao lado da mureta, mostrando o tamanho e a provável dificuldade em escalar. “A história de que ele subiu na mureta, caminhou pelo duto de ar-condicionado e subiu pela grade não nos convenceu”, disse um vizinho em uma rede social. “Reparem que tenho 1,75 metro de altura e até para mim essa janela é alta”, escreveu.
Miguel estava sendo cuidado pela patroa da mãe, Sarí Cortes Real. Ela foi autuada por homicídio culposo, quando onão há intenção de matar, e foi solta após pagar uma fiança de R$ 20 mil. Ela enviou uma carta a mãe do menino, Mirtes, pedindo perdão. A empregada, por sua vez, disse que "perdoá-la seria matar miguel novamente".
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