Moro promete provas contra Bolsonaro e chama inquérito da PGR de intimidatório; saiba mais
Moro promete provas contra Bolsonaro e chama inquérito da PGR de intimidatório; saiba mais
O ex-ministro da Justiça Sergio Moro afirmou que vai apresentar provas que mostram a tentativa do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de interferir na Polícia Federal no inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal para investigar o caso. Em entrevista à revista Veja, o ex-ministro disse ainda que o pedido de abertura das investigações feito pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, foi “intimidatório”.
Além de investigar as acusações feitas pelo ex-ministro, Aras pediu a apuração de suposta denunciação caluniosa contra Bolsonaro praticada por Moro. “Entendi que a requisição de abertura desse inquérito que me aponta como possível responsável por calúnia e denunciação caluniosa foi intimidatória. Dito isso, quero afirmar que estou à disposição das autoridades”, afirmou o ex-juiz da Lava Jato.
Questionado sobre quais provas teria a apresentar, Moro limitou-se a dizer que irá se pronunciar quando for questionado pela Justiça. “Reitero tudo o que disse no meu pronunciamento. Esclarecimentos adicionais farei apenas quando for instado pela Justiça. As provas serão apresentadas no momento oportuno, quando a Justiça solicitar."
O ex-ministro que esteve à frente do julgamento das ações da Operação Lava Jato por cinco anos, de 2014 a 2018, afirmou que o combate à corrupção não é prioridade do governo Bolsonaro e que não teve o apoio necessário para implementar políticas publicas.
“Sinais de que o combate à corrupção não é prioridade do governo foram surgindo no decorrer da gestão. Começou com a transferência do Coaf para o Ministério da Economia. O governo não se movimentou para impedir a mudança. Depois, veio o projeto anticrime”, disse.
“É bom ressaltar que o Executivo nunca negociou cargos em troca de apoio, porém mais recentemente observei uma aproximação do governo com alguns políticos com histórico não tão positivo. E, por último, teve esse episódio da demissão do diretor da Polícia Federal sem o meu conhecimento. Foi a gota d’água."
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