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Lava Jato denuncia Wassef, ex-advogado de Bolsonaro e dono da casa onde Queiroz estava escondido

Lava Jato denuncia Wassef, ex-advogado de Bolsonaro e dono da casa onde Queiroz estava escondido

Por Da Redação

Lava Jato denuncia Wassef, ex-advogado de Bolsonaro e dono da casa onde Queiroz estava escondidoCNN Brasil

A força-tarefa da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro denunciou nesta sexta-feira (25/9) o advogado Frederick Wassef, ex-defensor da família Bolsonaro e dono do sítio onde Fabrício Queiroz estava escondido, em Atibaia, interior de São Paulo. Além do advogado, sua sócia, Marcia Zampiron, o empresário Marcelo Cazzo, a advogada Luiza Nagib Eluf e o ex-presidente da Federação do Comércio (Fecomércio) do Rio, Orlando Diniz, também foram denunciados.


De acordo com o jornal Estadão, o grupo é acusado de peculato e lavagem de R$ 4,6 milhões, supostamente desviados do Serviço Social do Comércio (Sesc), do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e da Fecomércio. A denúncia foi apresentada no âmbito da Operação E$quema S, deflagrada no início do mês.


Wassef teria participado de contratos falsos com Sesc, Senac e Fecomércio, nos quais, ao invés de trabalhar para as empresas, atuava em casos particulares do gestor, Orlando Diniz. Entre suas atribuições reais estaria a "perseguição de adversários". Entre dezembro de 2016 e junho de 2017, o escritório dos investigados transferiu R$ 2,6 milhões ao escritório de Wassef e R$ 751 mil à sócia dele, Marcia.


O própio ex-presidente da Fecomércio admitiu o esquema em delação premiada. Ele contou que buscava ‘comprar uma solução política’ e se ‘blindar das consequências dos desvios de recursos que vinham sendo praticados’ por ele. Segundo a reportagem, ele firmava os contratos de fachada como estratégia para justificar pagamentos de vantagens indevidas disfarçadas de serviços que, na verdade, não eram prestados ou eram superfaturados.


Um mandado de busca e apreensão foi emitido contra Wassef, em um endereço residencial e outro comercial, além do sítio em Atibaia. Em nota enviada ao Estadão, Wassef se defendeu: "Não fui denunciado como os demais advogados e nada tenho que ver com nenhum esquema de Fecomércio".


“No dia de hoje foi cumprido um mandado de busca e apreensão em minha residência no Morumbi assustando meus pais idosos que moram comigo e não podem ter contato com ninguém pela questão da pandemia . Nenhuma irregularidade foi encontrada e, por consequência, não houve a apreensão de nada . O mesmo se sucedeu em meu escritório de advocacia: nada foi apreendido", relatou.


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