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Grupo teatral encena ação de traficantes no Calabetão e imagens viralizam; "a comunidade nos abraça"

Grupo teatral encena ação de traficantes no Calabetão e imagens viralizam; "a comunidade nos abraça"

Por Da Redação

Grupo teatral encena ação de traficantes no Calabetão e imagens viralizam; "a comunidade nos abraça" divulgação/SSP

Um jovem negro, de cabelos descoloridos, usando colete à prova de balas e carregando armamento pesado passeia pelas ruas do bairro do Calabetão. Atrás dele, outros homens seguem, também carregando armas, andando tranquilamente e encontrando moradores pelo caminho. "A comunidade nos abraça", diz o jovem, que grava um vídeo.


As imagens foram compartilhadas nas redes sociais e a Secretaria de Segurança Pública (SSP) divulgou uma nota nesta terça-feira (3/11) para explicar que o vídeo é, na verdade, parte da atuação de uma trupe de artistas que divulgava uma peça. Tanto o jovem quanto os seus "comparsas" são atores do Grupo de Teatro Portal da Realidade e usam armas falsas, simulando integrar uma quadrilha de traficantes de drogas.


"Alô minha comunidade linda e maravilhosa! É um prazer imenso estar aqui na comunidade do Calabetão. É uma galera que nos abraça, que nos assiste e nos acompanha. E a gente anda assim pela comunidade", diz o jovem na filmagem, ao mostrar o colete e a arma. "A comunidade do Calabetão nos abraça, acredita em nosso projeto e isso, pra nós, é muito satisfatório", continua.


Em alguns momentos do vídeo, os moradores parecem assustados com as armas e um homem chega a levantar os braços em sinal de rendição, ao ver o grupo chegando. A SSP não especificou se estas pessoas também são atores ou se sabiam que a filmagem não passava de uma encenação.


Representantes das polícias Militar e Civil se reuniram com os atores do Grupo de Teatro Portal da Realidade no Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), no bairro da Pituba. "Sabíamos desde o início que se tratava de uma atuação teatral, porém, nas redes sociais, muitas pessoas compartilharam o material como se tivesse sido produzido por criminosos", relatou o comandante do CPR-Central, coronel Paulo Coutinho. 


O diretor do Draco, delegado Marcelo Sansão, por sua vez, ressaltou que esse tipo de material pode gerar riscos aos atores. "Infelizmente, algumas pessoas, com propósitos escusos, divulgaram a encenação como algo real, expondo os atores e querendo criar um clima de medo", completou.


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