Donos de funerárias em Salvador se preparam para aumento de demanda por conta do coronavírus
Donos de funerárias em Salvador se preparam para aumento de demanda por conta do coronavírus
A entidade que representa mais de 13 mil funerárias em todo o país diz que o ramo está preparado para atender um possível aumento da demanda por causa da pandemia de coronavírus (Covid-19). A informação é da Associação Brasileira de Empresas e Diretores do Setor Funerário (Abredif).
“Os problemas ocorridos em outros países, com relação à atividade funerária, não deverão ocorrer no Brasil. Nossa estrutura instalada é muitas vezes superior à de muitos países, mas para que ela continue operacional é preciso que o Ministério da Saúde implante nosso protocolo. De nada adianta nossa estrutura física se nosso pessoal for afastado por contaminação”, explicou o presidente da Abredif à Agência Brasil, Lourival Panhozzi.
Panhozzi também destacou que as funerárias já estão buscando medidas para dar conta da provável demanda, como a redução do tempo de espera legal e do número de assinaturas que autorizam para a cremação, para apenas a de um médico.
Outras ações que devem ser adotadas, como: a possibilidade de o sepultamento ser feito apenas com cópia da declaração do óbito; possibilidade de declaração online da família autorizando o registro do óbito; e a prorrogação do prazo legal, de 15 para 60 dias, para que se proceda o registro.
SALVADOR
Em Salvador a expectativa é a mesma, segundo levantamento do Aratu On. As funerárias Atlântica (Vasco da Gama), Alternativa (Campo Santo), Luz (Campo Santo), Atlântica Assistência Familiar (Roma) e A Decorativa (Federação) informaram que boa parte dos funcionários haviam sido dispensados, e que os estabelecimentos funcionavam, em sua maioria, apenas com vendedores e motoristas.
Já o proprietário da Funerária Caminho da Saudade, localizada na Avenida Fernandes da Cunha, nos Mares, Hamilton Ribeiro, informou à nossa reportagem que está seguindo as medidas estabelecidas pelo Sindicato das Empresas Funerárias do Estado da Bahia (Sindef).
A orientação, caso haja um aumento da demanda, é que os corpos sejam levados diretamente para o sepultamento. Além disso, serão permitidas somente 10 pessoas por velório e o velório deve ter duração de apenas 2 horas. Hamilton, que é também diretor de comunicação da Associação dos Proprietários de Serviçoes Funebres da Bahia, explicou que está capacitando os funcionários para seguirem os protocolos de prevenção.
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