Covid-19: projeto que inclui pacientes com câncer no grupo prioritário para vacinação na Bahia é apresentado na Alba
Um estudo brasileiro publicado no Journal of Clinical Oncology (JCO), diz que a taxa de mortalidade da doença, entre pacientes com câncer, é de 16,7%, seis vezes mais que o índice global, que é de 2,4%.
O deputado Osni Cardoso (PT-BA) apresentou indicação de um projeto na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), solicitando que pacientes oncológicos sejam incluídos nos grupos prioritários da vacinação contra a Covid-19 no estado. No documento, Cardoso explica que, por estarem com o sistema imunológico fragilizado, esse grupo está mais propenso a adquirir a doença.
"Nosso objetivo é preservar vidas. Internacionalmente já foi recomendado que pacientes oncológicos sejam priorizados. Um estudo divulgado pela Associação Americana para Pesquisa do Câncer mostrou que os portadores da doença têm taxa de mortalidade maior do que outros grupos", justificou o deputado. Além disso, pacientes oncológicos estão em constante acompanhamento médico, sendo necessária a ida aos hospitais e, dessa forma, ficam mais expostos ao vírus.
Em fevereiro deste ano, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) enviou uma carta ao Ministério da Saúde, também pedindo a inclusão de pacientes oncológicos nos grupos com prioridade da campanha de vacinação. O documento citou as evidências científicas de que portadores de câncer são mais vulneráveis aos riscos de complicações ocasionadas pelo novo coronavírus.
O Plano Nacional de Operacionalização da Vacina deixou de fora o grupo de pacientes com câncer, nas edições publicadas nos dias 22 e 29 de janeiro. Ele passou a incluir, na descrição do grupo de imunossuprimidos, os pacientes oncológicos que realizaram tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos seis meses e aqueles com neoplasias hematológicas.
A Organização Mundial de Saúde (OMS), baseada na literatura científica produzida ao longo do enfrentamento da pandemia ao redor do mundo, também classifica o paciente oncológico no grupo de risco para complicações da Covid-19, independentemente do tipo da doença e das circunstâncias do tratamento. Outro estudo, desta vez brasileiro e publicado no Journal of Clinical Oncology (JCO), diz que a taxa de mortalidade da doença, entre pacientes com câncer, é de 16,7%, seis vezes mais que o índice global, que é de 2,4%.
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