Coluna da Bia: Recebeu nove elogios e focou em uma única crítica? Este texto é para você
Coluna da Bia: Recebeu nove elogios e focou em uma única crítica? Este texto é para você
Olá! Seja muito bem-vinda(o) novamente por aqui. Antes de começarmos o texto de hoje, preciso confessar à vocês: tenho amado nosso tempo juntos. Mesmo que ainda não nos conheçamos pessoalmente, se você já leu algum dos textos da minha coluna, de alguma forma, você já conhece um pouco mais de mim.
Pronto, depois da expressão do meu sentir, vamos então para nossa pauta. Hoje, vamos conversar sobre o nosso foco no negativo e trazer alguns aspectos sobre uma das mais recentes descobertas da neurociência: a neuroplasticidade. Para falar sobre isso, quero trazer algumas reflexões pra vocês.
Sabe aquele dia no trabalho em que você apresentou um resultado na reunião? E, ao finalizar, você recebeu nove elogios em relação à sua performance e uma crítica? E que, ao chegar em casa, uma coisa não saiu da sua cabeça: a crítica que recebeu?
Ainda, sabe aquela reunião de família em que correu tudo muito bem durante o dia, mas uma tia te perguntou o porquê de você não ter passado naquela prova? E, quando chegou em casa, você não parava de pensar no comentário da sua tia? Então, é sobre isso que vamos conversar um pouco nas próximas linhas.
Se você percebe que tende a focar no negativo e que, não importa quantos acontecimentos “bons” você tenha tido no seu dia, se algo te incomoda, você não consegue deixar de pensar nesse único fato, calma... Você não está sozinha(o)!
Nosso cérebro tem a tendência de olhar para o lado negativo. Sim, isso mesmo. De acordo com a neurociência, historicamente, nós aprendemos mais rápido pela dor do que pelo prazer. Interações negativas tem maior impacto que as positivas e, ainda, é natural entrar em desamparo e mais desafiador sair dele.
Não vamos adentrar profundamente em aspectos científicos, mas acredito ser muito importante trazer para vocês que um dos fatores que desencadearam o “negative bias” (tendência do nosso cérebro de focar no negativo) é a necessidade de preservação da espécie, que aconteceu desde os primórdios, quando era necessária a caça para a sobrevivência. Ou seja, no decorrer do tempo, nosso cérebro, ao focar na nossa sobrevivência, desenvolveu o escaneamento negativo em relação ao que acontece ao nosso redor de forma muito mais fluida e frequente do que o escaneamento positivo.
Nesse momento, imagino que pode estar sentindo uma mistura de alívio – por perceber que não é apenas você que vivencia diariamente o foco no negativo, e, ao mesmo tempo, de dúvidas, por talvez não saber como desenvolver seu cérebro para o foco no positivo.
Bom, é aqui que entra a neuroplasticidade. De acordo com a Dra. Lara Boyd, neurocientista que estuda a recuperação neurológica pós derrame cerebral, a ciência acreditava que, depois da puberdade, as únicas mudanças que aconteciam no cérebro eram em relação a perdas. Contudo, recentemente, a ciência descobriu que, todas as vezes que você aprende um novo fato ou competência, você muda seu cérebro. Em verdade, todos os nossos comportamentos alteram o nosso cérebro a todo momento, e essas alterações não são limitadas pela idade. A grande chave para todas essas mudanças é a neuroplasticidade.
Com a sedimentação do conceito de neuroplasticidade cerebral em que se concretizou a ideia de que o cérebro se desenvolve até o fim da vida, tenho uma notícia boa pra você: podemos aprender até o fim da vida. E, se hoje você tende a focar no negativo, você pode aprender e treinar seu cérebro para, a cada dia, focar mais no positivo, se fizer sentido pra você, claro.
E como aprender a focar no positivo? Bom, com treinamento mental. Nada é mais eficaz para nos ajudar a aprender do que a prática. Assim, comportamentos que temos em nosso cotidiano são importantes. Cada um deles muda nosso cérebro. Existem atividades práticas diversas para treinarmos o nosso cérebro a “escanear o positivo”. Contudo, importante trazer que a exclusividade de cada cérebro irá afetar o processo de aprendizagem de cada um de forma diversa.
Nos textos anteriores já trouxe algumas metodologias e formas de treinarmos o nosso olhar apreciativo e, cada vez mais, treinarmos o nosso cérebro. Esse é nosso intuito aqui. E, a cada novo conhecimento, vocês poderão perceber formas de aplicá-los no dia a dia.
Para finalizar, quero trazer algo muito importante: ter emoções “negativas” como medo, angústia e frustração é natural e faz parte. Mas isso falaremos nas próximas semanas.
Espero que tenha feito sentido pra você. Como eu sempre digo, se esse singelo texto provocou alguma reflexão, já valeu a pena e meu objetivo foi cumprido.
Nos vemos semana que vem!
Com amor,
Bia Ramos.
SOBRE BIA
Bia Ramos | divulgação
Bianca Ramos, ou apenas Bia Ramos, tem como propósito resgatar a essência do ser humano, para um mundo mais feliz. Realiza mentorias individuais e em grupo, workshops e palestras com foco em desenvolver a felicidade, tendo como base a Psicologia Positiva, a Neurociência, o método nacional de Felicidade Interna Bruta, do instituto Feliciência e a metodologia internacional CliftonStrengths do Instituto Gallup.
Agora, ela estará no Aratu On, todas as sextas-feiras, para falar e refletir sobre felicidade.
Saiba mais sobre o trabalho e o propósito dela no Instagram (@biaramos.f).
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