Aos 20 anos, Carlos Bolsonaro comprou apartamento de R$ 150 mil em dinheiro vivo
Aos 20 anos, Carlos Bolsonaro comprou apartamento de R$ 150 mil em dinheiro vivo
O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) conseguiu pagar um apartamento de R$ 150 mil quando tinha apenas 20 anos, em 2003, e pagou todo o montante em dinheiro vivo. O valor corresponde a cerca de R$ 366 mil, atualmente, em valores corrigidos pelo IPCA. As informações foram publicadas nesta quarta-feira (23/9) pelo jornal Estadão.
Ná época, o filho "03" de Jair Bolsonaro tinha sido eleito vereador há três anos. Hoje, Carlos está no seu quinto mandato na Câmara Municipal do Rio de Janeiro e irá disputar pela sexta vez. Assim como o irmão, o senador Flávio Bolsonaro, Carlos será investigado por supostamente se apropriar dos salários de funcionários “fantasmas”, no esquema de "rachadinhas".
O documento que a reportagem teve acesso mostra que o apartamento, que fica na Rua Itacuruçá, na Tijuca, foi pago em “moeda corrente do país, contada e achada certa”. O local até hoje pertence ao parlamentar, que declarou na eleição de 2016 o imóvel como valendo R$ 205 mil. Essa foi a primeira aquisição imobiliária de Carlos.
Uma advogada ouvida sob condição de anonimato disse que pagar grandes quantias em dinheiro vivo não é crime, mas costuma ser apontada como indício de suposta lavagem de recursos, já que não deixa rastro no sistema financeiro se o dinheiro não passar por um banco. O vereador não respondeu à equipe do Estadão.
Carlos Bolsonaro é investigado por suspeita de nomear, no seu gabinete, funcionários que lhe repassariam, totalmente ou em parte, seus salários. Ao todo, 11 servidores estão sob investigação do Ministério Público (MP). A maioria é ligada a Ana Cristina Siqueira Valle, que não é mãe de Carlos, mas foi casada com Jair Bolsonaro.
FLÁVIO BOLSONARO
O MP aponta, ainda, indícios de que o irmão de Carlos, o senador Flávio, fez pagamento “por fora”, também em dinheiro, na aquisição de dois apartamentos em Copacabana. Ainda de acordo com o jornal, o valor declarado oficialmente na estrutura do imóvel era de R$ 310 mil, mas no mesmo dia em que o negócio foi fechado, em novembro de 2012, o vendedor depositou em espécie, na própria conta, R$ 638 mil, mas ele não havia feito nenhuma outra venda naquele semestre.
O MP suspeita de lavagem dos recursos oriundos de esquema de “rachadinha”. Flávio nega ter cometido irregularidades e diz ser alvo de perseguição política, cujo objetivo seria atingir o governo Bolsonaro.
Acompanhe todas as notícias sobre o novo coronavírus.
Acompanhe nossas transmissões ao vivo e conteúdos exclusivos no www.aratuon.com.br/aovivo. Nos mande uma mensagem pelo WhatsApp: (71) 99986-0003.