Alta em combustíveis e alimentos faz inflação de Salvador crescer e atingir maior valor para março dos últimos seis anos
Apenas educação (-1,87%) e vestuário (-0,68%) tiveram quedas médias dos preços.
Em março, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), calculado pelo IBGE, ficou em 0,88% na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Esse é o maior valor para um mês de março desde 2015, quando havia ficado em 1,33%.
O crescimento vem se mostrado constante, visto que os preços já haviam subido 0,67% em fevereiro e 0,38% em janeiro. A taxa reflete os preços coletados entre 12 de fevereiro e 15 de março. Mesmo crescente, o índice baiano ficou abaixo da média do Brasil, 0,93%, e foi o terceiro menor entre as 11 áreas pesquisadas pelo IBGE.
No acumulado no primeiro trimestre de 2021, o índice chega a 1,94%. O valor assusta, mas fica abaixo da média brasileira, de 2,21%, e também é o terceiro menor do ranking. Se considerado os 12 meses encerrados em março, o índice acumula alta de 5,03% na RM Salvador, ainda se mantendo menor que o indicador nacional (5,52%).
VILÕES
O IBGE revela que o aumento da inflação em Salvador e região veio do aumentos nos preços médios de sete dos nove grupos de produtos e serviços que formam o índice. Apenas educação (-1,87%) e vestuário (-0,68%) tiveram quedas médias dos preços.
A maior alta foi no setor de transportes, de 3,58%. A gasolina registrou aumento de 12,69% e foi, pelo segundo mês seguido, o item que individualmente mais contribuiu para o avanço da inflação, pois o aumento foi o terceiro mair entre os locais pesquisados. O etanol (15,81%) e o diesel (11,75%) também tiveram altas relevantes.
Além dos transportes, os preços do grupo alimentação e bebidas voltaram a acelerar na RMS, com aumento de 0,9%, após ter estado em queda desde novembro de 2020. O aumento aconteceu tanto nos produtos consumidos em casa (0,78%) quanto pela alimentação fora (1,22%), com altas importantes nas carnes em geral (1,70%), no pão francês (3,78%) e no lanche fora (2,91%), entre outros.
O gás de botijão (5,35%) também foi, pelo segundo mês seguido, uma das principais pressões inflacionárias na Região Metropolitana de Salvador, onde foi registrado o terceiro maior aumento entre os 11 locais pesquisados.
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