Alta dos transportes e gasolina faz Grande Salvador ter maior segunda inflação do país; veja números

No mês de novembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida oficial da inflação, ficou em 1,17% na Região Metropolitana de Salvador. O percentual ficou acima do verificado no Brasil como um todo (0,89%) e foi o 2º mais alto entre as 16 áreas investigadas pelo IBGE, abaixo apenas do índice do município de Goiânia.

Ainda conforme o IBGE, foi a maior inflamação mensal neste ano na RMS, e a mais elevada para um mês de novembro desde 2015, quando o IPCA havia ficado em 1,19%. O reultado também acelerou de forma importante em relação a outubro, quando havia sido de 0,45%, e ficou também significativamente acima da variação de novembro de 2019 (0,23%).

Com o resultado de novembro deste ano, o IPCA da RMS acumula alta de 3,36% em 2020, mantendo movimento de aceleração nesse indicador frente ao acumulado até outubro (2,16%) e voltando a ficar acima do verificado no Brasil como um todo (3,13%). 

A inflação de novembro na RMS foi o resultado de aumentos verificados em sete dos nove grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA. Apenas vestuário (-1,85%) e educação (-0,6%) apresentaram quedas no preço.

Dentro os grupos, a principal pressão inflacionária veio dos transportes (3,26%), que registraram a maior alta no mês e a mais elevada em sete anos, desde dezembro de 2013 (3,96%). O aumento foi o maior entre todas as 16 áreas investigadas pelo IBGE e bem superior ao índice nacional (1,33%). 

Dentro os itens do grupo, os combustíveis foram o principal impacto: a gasolina teve pressão inflacionária de 10,18% e foi, individualmente, o item que mais puxou o custo de vida para cima. O etanol também teve alta bastante importante (10,55%). O aumento dos transportes foi tão significativo em novembro, que superou o dos alimentos e bebidas, que ficou em 2,11%. 

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