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Acesssibilidade: Empresa cria Teste de gravidez para pessoas cegas, produto está em fase de testes

“Todos falaram de como um momento importante em suas vidas se tornou mais difícil e, em alguns casos, realmente traumático, por ter que envolver outra pessoa”.

Por Da Redação

Acesssibilidade: Empresa cria Teste de gravidez para pessoas cegas, produto está em fase de testes Créditos da foto: Hypeness

O primeiro teste de gravidez desenvolvido para mulheres cegas foi desenvolvido pelo designer de produto Josh Wasserman, em parceria com a instituição de caridade Royal National Institute of Blind People (RNIB). O obejtivo é dar às mulheres a chance de descobrir a gestação pelo tato. 


O protótipo faz parte da campanha Design for Everyone do RNIB, que visa inspirar empresas e designers a priorizar a acessibilidade na criação de produtos e serviços. “Toda mulher tem o direito de saber se está ou não grávida.” Este slogan, retirado de um anúncio de 1971 da marca inglesa de testes de gravidez Predictor, é citado na explicação do RNIB, para destacar o fato de que até o presente “todos os testes dependem de resultados visuais”. 


Ainda passando pela fase de testes, o dispositivo permite que o resultado seja sentido, usando uma grande área tátil com saliências levantadas para indicar a gravidez. “Foi interessante pensar de forma diferente sobre como podemos utilizar os diferentes sentidos, talvez não pensemos tanto nisso”, disse Wasserman em comunicado ao Hypeness. “Todos falaram de como um momento importante em suas vidas se tornou mais difícil e, em alguns casos, realmente traumático, por ter que envolver outra pessoa”.


Durante a pesquisa para o desenvolvimento do mesmo, foi levado em consideração todo o espectro da perda de visão. Desta maneira, a proposta inclui um novo desenho e não apenas a forma de mostrar o resultado. A parte superior é colorida e de alto contraste, facilitando para quem tem visão parcial ou comprometida. A forma é mais fácil de navegar pelo toque com diferentes superfícies texturizadas, design ergonômico e uma ponta absorvente 50% maior.


Eleanor Southwood, presidente do RNIB, acrescentou: “Queríamos projetar e criar um protótipo de prova de conceito para mostrar que isso pode ser feito. O design acessível não é algo que está longe no futuro; está aqui e agora, e queríamos que designers iniciantes pudessem pensar de forma acessível no futuro compartilhando nosso trabalho.”


Para as mulheres com perda total da visão, a ideia é que seja fornecido um código QR que poderá ser lido pelo smartphone para permitir que elas recebam seus resultados em um formato digital acessível. No entanto, esta opção requer o fornecimento de dados pessoais. A data de lançamento do teste no mercado ainda não foi divulgada.


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