Justiça baiana julga primeiro caso de intolerância religiosa em Lauro de Freitas
Justiça baiana julga primeiro caso de intolerância religiosa em Lauro de Freitas
Acontece nesta quinta-feira (8/8), a primeira audiência na Justiça, no Fórum Criminal de Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador (RMS), do caso de Intolerância Religiosa de que foi vítima o Antropólogo, escritor e professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Babalorixá Vilson Caetano de Sousa Junior - do Ilê Obá L' okê, localizado no mesmo município.
De acordo com Vilson, a comunidade do Ilê Oba Lokê, sofre perseguição e intolerância por parte de alguns moradores do entorno há mais de 4 anos, que não concebem a ideia de um terreiro de candomblé estar instalado em um bairro de classe média.
Ainda conforme o relato, desde 2014 os filhos de santo recebem ameaças de moradores, liderados por um vizinho identificado como Valter Ferreira das Virgens Filho.
O que motivou as agressões, foi o momento em que os participantes do terreiro identificaram a casa religiosa, com a placa indicando que o local se tratava de um terreiro de candomblé. A partir disso, foram feitas denúncia à Secretaria da Ordem Pública de Lauro de Freitas.
A Audiência de Instrução e Julgamento teve início por volta das 9h desta quinta. Está acontecendo também, na frente do Fórum, uma mobilização em apoio ao Babalorixá, e contra a prática de discriminação e ódio religioso.
A mobilização teve início nas redes sociais, e o ato pacífico ganhou força com a adesão de entidades de representação dos Povos e Comunidades Tradicionais de Terreiro, além de autoridades, jornalistas, intelectuais, e adeptos de outros segmentos religiosos.
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